Curso de Extensão 2023

CURSO DE EXTENSÃO 2023:

SEMIOLINGUÍSTICA APLICADA AO ENSINO

Curso 100% online – 90 vagas
Período de duração: 14 de agosto a 06 de setembro de 2023.
Aulas: segundas e quartas, das 19h-21h.

Período de inscrição: 25 e 30 de julho de 2023
(Podendo encerrar antes, ao atingir o número de vagas)

Link para inscrição: https://forms.gle/af3vjMZeCGThhDop6

Datas das aulas: 14/08, 16/08, 21/08, 23/08, 28/08, 30/08, 04/09, 06/09. 

ATENÇÃO!
1) O preenchimento deste formulário não garante a inscrição no curso.
2) Os encontros virtuais ocorrerão às segundas e quartas-feiras, das 19h às 21h.
3) Para receber o certificado de 30h de participação, o cursista só poderá faltar, no máximo, 2 encontros.
4) Daremos preferência à inscrição daqueles que nunca fizeram o curso.
5) São 90 vagas. As inscrições podem encerrar antes do período, após atingir o limite. Após o preenchimento do número de vagas, os inscritos excedentes ficarão na lista de espera caso haja desistências e para a próxima edição do curso.

CURSO DE EXTENSÃO 2023:

SEMIOLINGUÍSTICA APLICADA AO ENSINO

Curso 100% online – 90 vagas
Período de duração: 14 de agosto a 06 de setembro de 2023.
Aulas: segundas e quartas, das 19h-21h.

Período de inscrição: 25 e 30 de julho de 2023
(Podendo encerrar antes, ao atingir o número de vagas)

Link para inscrição: https://forms.gle/af3vjMZeCGThhDop6

Datas das aulas: 14/08, 16/08, 21/08, 23/08, 28/08, 30/08, 04/09, 06/09. 

ATENÇÃO!
1) O preenchimento deste formulário não garante a inscrição no curso.
2) Os encontros virtuais ocorrerão às segundas e quartas-feiras, das 19h às 21h.
3) Para receber o certificado de 30h de participação, o cursista só poderá faltar, no máximo, 2 encontros.
4) Daremos preferência à inscrição daqueles que nunca fizeram o curso.
5) São 90 vagas. As inscrições podem encerrar antes do período, após atingir o limite. Após o preenchimento do número de vagas, os inscritos excedentes ficarão na lista de espera caso haja desistências e para a próxima edição do curso.

Fórum 2023

X Fórum do GPS-LEIFEN

A LINGUAGEM DA ÉTICA DO AMOR:

Uma ideia para adiar o fim do mundo

05 de julho de 2023  –  Evento 100% on-line
Taxa de inscrição: R$ 20 (Grátis para Graduandos)

Inscreva-se!

X Fórum do GPS-LEIFEN

A LINGUAGEM DA ÉTICA DO AMOR:

Uma ideia para adiar o fim do mundo

05 de julho de 2023
Evento 100% on-line

Taxa de inscrição: R$ 20
(Grátis para Graduandos)

Inscreva-se!

O Fórum

Sob a coordenação das professoras Beatriz Feres e Patricia Neves Ribeiro, o Grupo de Pesquisa em Semiolinguística: Leitura, Fruição e Ensino (GPS-LEIFEN) tem por objetivo central estudar o processo de construção de sentidos, tanto na extremidade da recepção, quanto no da produção dos textos, a fim de flagrar os mecanismos internos (textuais) e externos (discursivos e situacionais) que contribuem para a significação. Desse modo, as investigações desenvolvidas pelo grupo privilegiam o vínculo com o ensino, com vistas não só à criação de metodologias voltadas para o letramento, como também à problematização da leitura (em sentido amplo).  

Além da pesquisa acadêmica, o Grupo realiza anualmente o Fórum do GPS-LEIFEN, com o intuito de promover debates públicos acerca dos temas de interesse e palestras relacionadas à formação docente continuada. Em 2023, o evento está em sua décima edição e tem como tema: “A linguagem da ética do amor: uma ideia para adiar o fim do mundo”, seguindo a atmosfera do livro recentemente lançado pela professora Beatriz Feres Discurso amoroso na Literatura Infantil (Contexto, 2023).

Comissão Organizadora do X Fórum do GPS-LEIFEN:
Beatriz dos Santos Feres – Professora Doutora/UFF                                    
Eveline Coelho Cardoso – Professora Doutora/UERJ                                    
Glayci Kelli Reis da Silva Xavier – Professora Doutora/UFF
Graziela Borguignon Mota – Doutoranda PosLing/UFF                     
Ilana da Silva Rebello Viegas – Professora Doutora/UFF                             
Murilo Alberto Martins Silva – Doutorando PosLing/UFF
Nadja Pattresi de Souza e Silva – Professora Doutora/UFF
Patricia Ferreira Neves Ribeiro – Professora Doutora/UFF
Rafael Guimarães
Nogueira – Professor Doutor/IFRJ
Rosane Santos Mauro Monnerat – Professora Doutora/UFF
Welton Pereira e Silva – Professor Doutor/UFF

Palestrantes

Manhã 

Regina Michelli

Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

Regina Michelli é professora associada da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e atua na graduação e no PPG em Letras, área de Estudos de Literatura, nas especificidades de Teoria da Literatura e Literatura Comparada, e Literatura Portuguesa, orientando pesquisas em Literatura Infantojuvenil. É bolsista PROCIÊNCIA (UERJ/ FAPERJ). É líder do Grupo de Pesquisa EnLIJ – Encontros com a Literatura Infantil/Juvenil: ficção, teorias e práticas, junto ao Diretório de Grupos do CNPq; participa do Grupo de Pesquisa DG-CNPq Nós do Insólito: vertentes da ficção, da teoria e da crítica e do Grupo de Trabalho da ANPOLL Vertentes do Insólito Ficcional. É coordenadora do projeto de extensão Núcleo de Estudos em Literatura Infantojuvenil da UERJ (NELIJ-UERJ).

Beatriz Feres

Universidade Federal Fluminense (UFF)

Beatriz Feres é Professora Associada de Língua Portuguesa no Instituto de Letras da UFF. Está vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem da UFF, linha de pesquisa Teorias do texto, do discurso e da tradução, no qual ministra cursos relacionados à disciplina Semiolinguística. É líder do Grupo de Pesquisa em Semiolinguística: Leitura, fruição e ensino (GPS-LeiFEn/UFF/CNPq). É também membro do Círculo Interdisciplinar de Análise do Discurso (Ciad-Rio) e do Grupo de Pesquisa Encontros com a Literatura Infantil/Juvenil: ficção, teorias e práticas – EnLIJ (UERJ). É membro do GT Linguística de Texto e Análise da Conversação (LTAC/Anpoll).

Jesica Sales

Universidade Federal do Piauí (UFPI)

Mestra em Letras pela Universidade Federal do Piauí e jornalista do Conselho Indigenista Missionário – Regional Maranhão. Sua dissertação teve como objeto de estudo a relação entre as práticas de letramento escolar e a constituição de identidade de estudantes negros(as) do Ensino Médio.

Sonia Rosa

Escritora

Sonia Rosa é escritora, professora e orientadora educacional, trabalhando na rede pública há mais de vinte anos. A autora hoje possui mais de 20 livros publicados, todos voltados para o público infanto-juvenil. Seu primeiro livro foi Menino Nito publicado em 1995 e relançado em 2002 pela Editora Pallas. Sonia recebeu seu primeiro selo de “Altamente Recomendável” pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) na categoria Criança, com o livro Amores de Artistas da Editora Paulinas. Sonia se destaca por trabalhar a temática da cultura afro-brasileira e criar personagens afrodescendentes.

Gabriel Nascimento

Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB)

Gabriel é linguista e escritor, autor de “Racismo linguístico: os subterrâneos da linguagem e do racismo” (Letramento editorial). Doutor em Letras pela Universidade de São Paulo (USP), foi Visiting Scholar na University of Pennsylvania, EUA. É professor da Universidade Federal do Sul da Bahia e colaborador no Programa de Pós-graduação em Letras da UESC, tendo atuado e colaborado (como autor ou parecerista) com diversos periódicos, como Critical Studies in Education, Journal of Sociolinguistics, Trabalhos em Linguística Aplicada e Revista Brasileira de Linguística Aplicada. É membro de diversos grupos de pesquisa, dentre os quais o Grupo de Pesquisa em Linguagem e Racismo (do qual é líder) e de diversas associações de área, como a Latin American Studies Association (LASA), Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN) e Associação de Linguística Aplicada do Brasil (ALAB), das quais é sócio, além de ser membro do GT de Práticas Identitárias da Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Letras e Linguística (ANPOLL). Autor ficcional, escreve desde os 9 anos, tendo passado por poesia, teatro, conto e romance, sendo esse gênero o primeiro a ter publicado no livro “O maníaco das onze e meia”.

Tarde

Roberta Viegas

Universidade Federal Fluminense (UFF)

Roberta Viegas Noronha é Doutora em Estudos da Linguagem pela Universidade Federal Fluminense (UFF); foi bolsista CAPES.  Atualmente, é professora de espanhol na rede pública municipal de Niterói (FME), professora de português e espanhol no Colégio Intercultural Brasil-México, da rede pública de ensino do Governo do Estado do Rio de Janeiro (SEEDUC) e tradutora/revisora na empresa RV Traduções. Atuou como professora nos cursos de Letras e Pedagogia da Faculdade Lusófona RJ e como instrutora/facilitadora no Programa Cooperjovem/Instituto Sicoob.

Murilo Martins

Universidade Federal Fluminense (UFF)

Murilo Martins é doutorando em Estudos de Linguagem pelo Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal Fluminense, realizando pesquisas com foco na Teoria Semiolinguística de Análise do Discurso, inserida na linha de pesquisa Teorias do Texto, do Discurso e da Tradução. Mestre em Estudos de Linguagem pelo Programa de Pós-graduação da Universidade Federal Fluminense (2020),  Desenvolve pesquisa com foco na Análise do Discurso de imagens, mais precisamente de imagens em movimento, e textos midiáticos.  Foi monitor bolsista de Linguística, na sub-área Análise do Discurso, no Programa de Monitoria da Pró-Reitoria de Ensino de Graduação (2014) da UFPA. 

Kylderi Domingos

Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

Kylderi Domingos é Mestre em Educação em Ciências e Matemática pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Graduando em Psicologia na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e licenciado em Ciências Biológicas (UFRRJ/UNESA). Experiência como estagiário docente na disciplina de “Educação Prisional” na UFRRJ, atuando nos cursos de graduação em licenciaturas. Bolsista CAPES/PIBID/UFRRJ e docente bolsista no NAPE/CAP UERJ. Autor do livro didático “Saúde, Bem-estar e Juventude” pela editora Espro e criador do podcast “Além do Arco-íris: Cores da Educação”, disponível no Spotify. Atua como professor de Biologia e Física na Diretoria Regional Pedagógica de Unidades Escolares Prisionais e Socioeducativas – DIESP, e como docente de Letramento Digital Crítico e Vertentes Sociológicas do Currículo Educacional no curso de extensão NAPCC/PUC-Rio.

O Fórum

Sob a coordenação das professoras Beatriz Feres e Patricia Neves Ribeiro, o Grupo de Pesquisa em Semiolinguística: Leitura, Fruição e Ensino (GPS-LEIFEN) tem por objetivo central estudar o processo de construção de sentidos, tanto na extremidade da recepção, quanto no da produção dos textos, a fim de flagrar os mecanismos internos (textuais) e externos (discursivos e situacionais) que contribuem para a significação. Desse modo, as investigações desenvolvidas pelo grupo privilegiam o vínculo com o ensino, com vistas não só à criação de metodologias voltadas para o letramento, como também à problematização da leitura (em sentido amplo).  

Além da pesquisa acadêmica, o Grupo realiza anualmente o Fórum do GPS-LEIFEN, com o intuito de promover debates públicos acerca dos temas de interesse e palestras relacionadas à formação docente continuada. Em 2023, o evento está em sua décima edição e tem como tema: “A linguagem da ética do amor: uma ideia para adiar o fim do mundo”, seguindo a atmosfera do livro recentemente lançado pela professora Beatriz Feres Discurso amoroso na Literatura Infantil (Contexto, 2023).

Comissão Organizadora do X Fórum do GPS-LEIFEN:

Beatriz dos Santos Feres – Professora Doutora/UFF                                    
Eveline Coelho Cardoso – Professora Doutora/UERJ                                    
Glayci Kelli Reis da Silva Xavier – Professora Doutora/UFF
Graziela Borguignon Mota – Doutoranda PosLing/UFF                     
Ilana da Silva Rebello Viegas – Professora Doutora/UFF                             
Murilo Alberto Martins Silva – Doutorando PosLing/UFF
Nadja Pattresi de Souza e Silva – Professora Doutora/UFF
Patricia Ferreira Neves Ribeiro – Professora Doutora/UFF
Rafael Guimarães Nogueira – Professor Doutor/IFRJ
Rosane Santos Mauro Monnerat – Professora Doutora/UFF
Welton Pereira e Silva – Professor Doutor/UFF

Palestrantes

Manhã

Regina Michelli

Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

Regina Michelli é professora associada da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e atua na graduação e no PPG em Letras, área de Estudos de Literatura, nas especificidades de Teoria da Literatura e Literatura Comparada, e Literatura Portuguesa, orientando pesquisas em Literatura Infantojuvenil. É bolsista PROCIÊNCIA (UERJ/ FAPERJ). É líder do Grupo de Pesquisa EnLIJ – Encontros com a Literatura Infantil/Juvenil: ficção, teorias e práticas, junto ao Diretório de Grupos do CNPq; participa do Grupo de Pesquisa DG-CNPq Nós do Insólito: vertentes da ficção, da teoria e da crítica e do Grupo de Trabalho da ANPOLL Vertentes do Insólito Ficcional. É coordenadora do projeto de extensão Núcleo de Estudos em Literatura Infantojuvenil da UERJ (NELIJ-UERJ). 

Beatriz Feres

Universidade Federal Fluminense (UFF)

Beatriz Feres é Professora Associada de Língua Portuguesa no Instituto de Letras da UFF. Está vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem da UFF, linha de pesquisa Teorias do texto, do discurso e da tradução, no qual ministra cursos relacionados à disciplina Semiolinguística. É líder do Grupo de Pesquisa em Semiolinguística: Leitura, fruição e ensino (GPS-LeiFEn/UFF/CNPq). É também membro do Círculo Interdisciplinar de Análise do Discurso (Ciad-Rio) e do Grupo de Pesquisa Encontros com a Literatura Infantil/Juvenil: ficção, teorias e práticas – EnLIJ (UERJ). É membro do GT Linguística de Texto e Análise da Conversação (LTAC/Anpoll).

Jesica Sales

Universidade Federal do Piauí (UFPI)

Mestra em Letras pela Universidade Federal do Piauí e jornalista do Conselho Indigenista Missionário – Regional Maranhão. Sua dissertação teve como objeto de estudo a relação entre as práticas de letramento escolar e a constituição de identidade de estudantes negros(as) do Ensino Médio.

 

Sonia Rosa

Escritora

Sonia Rosa é escritora, professora e orientadora educacional, trabalhando na rede pública há mais de vinte anos. A autora hoje possui mais de 20 livros publicados, todos voltados para o público infanto-juvenil. Seu primeiro livro foi Menino Nito publicado em 1995 e relançado em 2002 pela Editora Pallas. Sonia recebeu seu primeiro selo de “Altamente Recomendável” pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) na categoria Criança, com o livro Amores de Artistas da Editora Paulinas. Sonia se destaca por trabalhar a temática da cultura afro-brasileira e criar personagens afrodescendentes.

Gabriel Nascimento

Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB)

Gabriel é linguista e escritor, autor de “Racismo linguístico: os subterrâneos da linguagem e do racismo” (Letramento editorial). Doutor em Letras pela Universidade de São Paulo (USP), foi Visiting Scholar na University of Pennsylvania, EUA. É professor da Universidade Federal do Sul da Bahia e colaborador no Programa de Pós-graduação em Letras da UESC, tendo atuado e colaborado (como autor ou parecerista) com diversos periódicos, como Critical Studies in Education, Journal of Sociolinguistics, Trabalhos em Linguística Aplicada e Revista Brasileira de Linguística Aplicada. É membro de diversos grupos de pesquisa, dentre os quais o Grupo de Pesquisa em Linguagem e Racismo (do qual é líder) e de diversas associações de área, como a Latin American Studies Association (LASA), Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN) e Associação de Linguística Aplicada do Brasil (ALAB), das quais é sócio, além de ser membro do GT de Práticas Identitárias da Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Letras e Linguística (ANPOLL). Autor ficcional, escreve desde os 9 anos, tendo passado por poesia, teatro, conto e romance, sendo esse gênero o primeiro a ter publicado no livro “O maníaco das onze e meia”.

 

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Tarde

Roberta Viegas

Universidade Federal Fluminense (UFF)

Roberta Viegas Noronha é Doutora em Estudos da Linguagem pela Universidade Federal Fluminense (UFF); foi bolsista CAPES. Atualmente, é professora de espanhol na rede pública municipal de Niterói (FME), professora de português e espanhol no Colégio Intercultural Brasil-México, da rede pública de ensino do Governo do Estado do Rio de Janeiro (SEEDUC) e tradutora/revisora na empresa RV Traduções. Atuou como professora nos cursos de Letras e Pedagogia da Faculdade Lusófona RJ e como instrutora/facilitadora no Programa Cooperjovem/Instituto Sicoob.

Murilo Martins

Universidade Federal Fluminense (UFF)

Murilo Martins é doutorando em Estudos de Linguagem pelo Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal Fluminense, realizando pesquisas com foco na Teoria Semiolinguística de Análise do Discurso, inserida na linha de pesquisa Teorias do Texto, do Discurso e da Tradução. Mestre em Estudos de Linguagem pelo Programa de Pós-graduação da Universidade Federal Fluminense (2020), Desenvolve pesquisa com foco na Análise do Discurso de imagens, mais precisamente de imagens em movimento, e textos midiáticos. Foi monitor bolsista de Linguística, na sub-área Análise do Discurso, no Programa de Monitoria da Pró-Reitoria de Ensino de Graduação (2014) da UFPA.

Kylderi Domingos

Universidade Federal Fluminense (UFF)

Kylderi Domingos é Mestre em Educação em Ciências e Matemática pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Graduando em Psicologia na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e licenciado em Ciências Biológicas (UFRRJ/UNESA). Experiência como estagiário docente na disciplina de “Educação Prisional” na UFRRJ, atuando nos cursos de graduação em licenciaturas. Bolsista CAPES/PIBID/UFRRJ e docente bolsista no NAPE/CAP UERJ. Autor do livro didático “Saúde, Bem-estar e Juventude” pela editora Espro e criador do podcast “Além do Arco-íris: Cores da Educação”, disponível no Spotify. Atua como professor de Biologia e Física na Diretoria Regional Pedagógica de Unidades Escolares Prisionais e Socioeducativas – DIESP, e como docente de Letramento Digital Crítico e Vertentes Sociológicas do Currículo Educacional no curso de extensão NAPCC/PUC-Rio.

Programação

No dia, cupom de desconto de 20% da Editora Contexto nos livros do GPS-LEIFEN: “Discurso Amoroso na Literatura Infantil” e “Semiolinguística aplicada ao Ensino”.

Manhã   (9:00 – 13:00)
O link será enviado por e-mail para os inscritos no evento.
9:00
ABERTURA
A LINGUAGEM DA ÉTICA DO AMOR

Patricia Neves Ribeiro (UFF/GPS-LEIFEN)

9:15
MESA 1
DISCURSO AMOROSO NA LITERATURA INFANTIL

Interfaces do amor na literatura infantil
♦ Regina Michelli  (UERJ/EnLIJ)

Ubuntu literário
Beatriz Feres (UFF/GPS-LEIFEN)

Mediação:
Rosane Monnerat (UFF/GPS-LEIFEN)
11:00
MESA 2
LETRAMENTO RACIAL

Letramentos e constituição de identidade negra: um estudo em escola pública do Maranhão
♦ Jesica Sales (UFPI/NEPAD)

A urgência da representatividade negra na literatura infantil: entre textos e afetos
♦ Sonia Rosa (escritora)

Título (em breve)
♦ Gabriel Nascimento (UFSB)

Mediação:
Ilana Rebello (UFF/GPS-LEIFEN))
Tarde (14:00 – 16:00)
O link será enviado por e-mail para os inscritos no evento.
14:00
MESA 3
UMA QUESTÃO DE GÊNERO

Alteradas, superadas e subversivas: o universo de Maitena entre traços e rasuras feministas
♦ Roberta Viegas (UFF/GPS-LEIFEN)

“Onde queres um lar, revolução”: Uma questão de gênero na representação e na representatividade LGBT nas telenovelas
♦ Murilo Martins (UFF/GPS-LEIFEN)

Quebrando estereótipos e construindo pontes: educação inclusiva no cárcere para identidades LGBTQI+ e o enfrentamento das dinâmicas de opressão
♦ Kylderi Domingos (UFRRJ)

Mediação:
Nadja Pattresi (UFF/GPS-LEIFEN)

SESSÕES DE COMUNICAÇÃO
(16:00 – 18:00)
Organização: Graziela Borguignon e Murilo Martins (UFF/GPS-LEIFEN)

GRUPO 1

SEMIOLINGUÍSTICA EM DIFERENTES DOMÍNIOS DISCURSIVOS

Mediação:
Welton Pereira (UFF/GPS-LEIFEN)

O link será enviado por e-mail para os inscritos no evento.

*Clique no título para saber mais sobre o trabalho*

A midiatização do discurso científico em crônicas jornalísticas - Graziella Bourguignon Mota

O progresso da ciência apresenta desdobramentos nos eixos centrais da existência humana, principalmente, quando pensamos em saúde, em tecnologia, em política, em economia, entre outros. Entende-se que interessa a todos os membros da sociedade o conhecimento adquirido por meio das pesquisas científicas, em virtude das melhorias que podem ser aplicadas de imediato na vida das pessoas e nas atividades cotidianas. Para que a sociedade, de uma forma geral, possa usufruir desses ganhos promovidos pelo avanço científico, todo esse conhecimento precisa ser compartilhado, comunicado, midiatizado; ou seja, esse deve ser um objeto “social”, disponível para todos os membros de uma comunidade. Quando abordamos a divulgação científica, verificamos, entretanto, que ainda carecemos de muita discussão quanto à popularização do conhecimento científico. Compreendemos, nesse sentido, o papel dos estudos da linguagem no fomento à discussão e no auxílio à promoção de programas de divulgação da ciência. Assim, para analisarmos a midiatização do discurso científico, elegemos Leandro Karnal, por seu papel multifacetado, de professor, historiador, intelectual público, escritor, palestrante, e suas enunciações de ampla circulação social. De modo mais específico, selecionamos crônicas de Karnal publicadas no Jornal O Estado de São Paulo. Com relação ao aporte teórico-metodológico voltado ao exame desse contrato de midiatização do discurso científico, nos filiamos aos pressupostos da Teoria Semiolinguística do Discurso, desenvolvida por Patrick Charaudeau (2008 e 2022), e, também, às recentes pesquisas das professoras Maria Eduarda Giering (2019) e Maria Aldina Marques (2020). Com esta pesquisa, objetivamos apontar quais são as estratégias de popularização do discurso científico, utilizadas no corpus selecionado, para desvelar a identidade de um enunciador “cientista” que também assume o papel de um enunciador “cronista” na busca pela midiatização de saberes de conhecimento. Importa, portanto, mencionar que a escolha desse olhar para o objeto de estudo selecionado se deve pelo interesse em refletir sobre a democratização do discurso científico com base em uma perspectiva social.

O grande irmão ou o grande vilão? Da distopia ao cancelamento nas redes sociais sob uma análise semiolinguística - Elenita Arguelles (UFF)

Sob a perspectiva da Teoria Semiolinguística de Análise do Discurso (CHARAUDEAU, 2001, 2005, 2008, 2010, 2016 e 2018) e de estudos concernentes às mídias digitais (JENKINS, 2008; RECUERO, 2009), este trabalho tem como objetivo investigar a atual situação político-social brasileira, no que tem de análoga à distopia prevista no romance 1984, de Orwell (2021), considerando-se a “cultura do cancelamento”, potencialmente disseminada, sobretudo, a partir do reality show Big Brother Brasil. Nosso interesse de análise incide sobre a hipótese de que o programa de TV expõe a presença do “Grande Irmão”, aquele que tudo vê e que tudo ouve, controlando/criando padrões de comportamento e deixando, muitas vezes, em negativa exposição, aqueles que, de alguma maneira, não se encaixam/adaptam a esses cercos psicossociais intencionalmente construídos. A partir dessa hipótese, analisamos postagens do Twitter e do Instagram, relacionadas ao BBB, em sua edição de 2021, concentradas em discussões críticas promovidas pelo público telespectador em torno de “cancelamentos” supostamente promovidos pelo próprio programa. Tal exame preliminar se debruça sobre o modo de organização argumentativo, em semiose verbo-visual, relativamente aos componentes e procedimentos flagrados nas encenações das postagens selecionadas.

A empatia enquanto estratégia de captação em petições iniciais - uma análise semiolinguística da emoção no discurso jurídico - Douglas do Carmo Araújo (UFF)

Este trabalho tem como objetivo analisar uma petição inicial (PI) que alega dano moral, originada da esfera cível, a fim de mostrar como o sujeito-comunicante elabora a busca pela da empatia nesse gênero. Esse movimento discursivo é entendido enquanto estratégia de patemização, servindo para captar o interlocutor, com intuito de fazê-lo aderir ao discurso que lhe é posto. Nesse caso, a empatia se busca por meio das palavras e sentenças que evocam emoções direta e indiretamente. A análise do corpus possui caráter qualitativo e interpreta dados de um exemplar do gênero petição inicial (PI), submetido ao poder judiciário estadual da comarca do Rio de Janeiro. Além disso, com base na Teoria Semiolinguística de Análise do Discurso de Patrick Charaudeau, este trabalho apoia-se, principalmente, sobre o conceito de visada discursiva (CHARAUDEAU, 2010a) e, também, sobre o postulado de patemização (CHARAUDEAU, 2010b). Esta pesquisa tem mostrado que, na PI analisada, o orador recorre às estratégias linguístico-discursivas desencadeadoras de efeitos patemizantes com o intuito de alcançar o que pretende em sua encenação discursiva: captar seu auditório (o juiz) para seja favorável ao seu pedido.

Ethé em (dis)curso: a construção do contrato de cura em relato de uma vítima de João de Deus - Jean Ignacio Lima (UFRJ)

Este trabalho, ancorando-se, sobretudo, na teoria Semiolinguística de Análise do Discurso (CHARAUDEAU, 2019), tem por objetivo analisar a construção do ethos prévio e do ethos discursivo de João de Deus a partir do ethos atribuído em relato de uma de suas vítimas concedido ao livro-reportagem “A Casa” (2020). Pela relação de força exercida em cena comunicativa, o ethos prévio (médium curandeiro) lhe confere o potencial de apagar o ethos efetivo (abusador) durante os rituais de cura, silenciando, consequentemente, suas vítimas e levando-as a creditá-lo pela sua legitimidade. Convocam-se a esta análise, portanto, conceitos fundamentais sobre o ethos como meio artístico de prova na persuasão (ARISTÓTELES, 2005), (CHARAUDEAU, 2018), (MAINGUENEAU, 2008/2013), (AMOSSY, 2013), bem como a noção de Silêncio cunhada por Orlandi (2007). A partir de um estudo pela ótica dos ethe, esperamos, então, evidenciar pelo relato da vítima as estratégias linguístico-discursivas na encenação médium x paciente que subvertem abusos sexuais em atos de cura.

 

GRUPO 2

SEMIOLINGUÍSTICA EM DIFERENTES EMOÇÕES

Mediação:
Eveline Cardoso (UERJ/GPS-LEIFEN)

O link será enviado por e-mail para os inscritos no evento.

*Clique no título para saber mais sobre o trabalho*

As representações do amor em cantigas de capoeira: discursos, imagens e imaginários - Dalila Maria Silva de Macêdo (PPGEL/UFPI/NEPAD)

O presente trabalho é fruto de uma pesquisa em andamento e propõe-se a analisar os sujeitos e os imaginários sociodiscursivos presentes em cantigas de capoeira que abordam a temática de amor entre o capoeirista e uma mulher denominada como “morena”. Para tanto, utilizamos como referencial teórico-metodológico a Análise do Discurso Semiolinguística de Patrick Charaudeau (2001, 2017), com ênfase na construção dos sujeitos e na noção de imaginários sociodiscursivos, enquanto representações sociais. O corpus foi composto por três cantigas: duas de autoria de participantes do grupo Virtude Capoeira escritas nos anos de 2001 e 2022 e uma retirada da plataforma digital Youtube postada no ano de 2020.  Os resultados mostraram que todas as letras partem de um sujeito masculino capoeirista, o qual relata uma dualidade amorosa vivida entre a arte e a mulher e revela imaginários sociodiscursivos de que a capoeira é também uma relação amorosa sob a perspectiva de refúgio, além do sofrimento do sujeito capoeirista ao ser abandonado pela amada e da escolha que ele precisa fazer entre os dois amores. Assim, concluímos que apesar da variação temporal das composições, as cantigas de capoeira representam as diversas formas de amar, valendo-se de elementos discursivos que comparam e hierarquizam o amor pela arte da capoeira acima do amor da amada.

 

O discurso amoroso na literatura piauiense: o contrato de comunicação entre um autor enternecido e um leitor apaixonado - Luis Felipe da Silva Castelo Branco (PPGEL/UFPI/NEPAD)

A perspectiva teórico-metodológica da Análise do Discurso Semiolinguística oferece ferramentas para a compreensão do processo de construção de sentidos em diferentes manifestações linguageiras. Nesta perspectiva, a análise do discurso literário se apresenta não apenas como uma possibilidade, mas também como uma via de diálogo entre a Linguística e a Literatura. Partindo desses pressupostos, analisamos neste trabalho o discurso amoroso na literatura piauiense. Como base teórica, utilizamos principalmente os trabalhos de Charaudeau (2005, 2016) e Feres (2023). Selecionamos como corpus o conto O Forrozeiro, de Fontes Ibiapina, presente na obra Chão de Meu Deus (2009). Isto posto, analisamos as circunstâncias de discurso e as especificidades do contrato de comunicação do referido conto. Como resultados parciais, identificamos, no que diz respeito às circunstâncias de discurso, que o ato de linguagem é gestado em um cenário social e político em que havia a preocupação dos intelectuais piauienses de denunciar a condição de subdesenvolvimento do Piauí em comparação aos demais estados brasileiros, algo perceptível no conto através da crítica às desigualdades entre ricos e pobres. Junto a isso, a análise do contrato de comunicação demonstrou a presença de um sujeito comunicante, o qual projeta um narrador-contador de uma história ficcional e investe na polêmica e dramatização como estratégias para captação do interlocutor. Em suma, constatamos que o discurso amoroso do conto Forrozeiro se destina a um leitor engajado para o reconhecimento de discursos antagônicos acerca de questões de classe social, cor e gênero presentes na sociedade piauiense dos anos 1950. 

Identidade, diferença e amizade no livro Pedro e Tina, de Stephen Michael King - Autor: Felipe Ribeiro Campos

O menino Pedro, que faz tudo oposto do esperado ao agir e vestir-se de forma diferente, em uma manhã, encontra Tina, menina que faz tudo certo e é perfeita no modo de se portar. A amizade entre as duas crianças chama a atenção nesta obra escrita e ilustrada por Stephen Michael King, e a forma como duas personagens tão opostas se respeitam e entendem as diferenças de cada uma é um tópico importante para reflexão. Tina, mesmo imersa em toda perfeição, gostaria de poder descumprir as regras que lhe são impostas e vê em seu novo amigo uma oportunidade de experimentar, observando a beleza na diferença que Pedro representa. Por outro lado, aquele menino que no começo do conto ilustrado é mostrado como sozinho e deslocado, na verdade tem um mundo de possibilidades para oferecer. Celebrando a diferença nas atitudes, no olhar e na disponibilidade de Pedro e Tina, temos a proposta de analisar as representações das personagens que, de alguma forma, não se sentem parte do mundo onde vivem, bem como investigar a maneira que elas se relacionam com outras personagens. Serão analisadas as suas descrições, como elas agem e se apresentam, suas representações em palavras e imagens visuais, estratégias usadas pelo autor e como esse incômodo com a diferença e a falta de sensação de pertencimento são tratadas como mensagem nas obras. Esta pesquisa encontra embasamento teórico em textos de Patrick Charaudeau, Teresa Colomer, Beatriz Feres e Martin Salisbury e Morag Styles.

GRUPO 3

SEMIOLINGUÍSTICA NA AFIRMAÇÃO DA MULHER

Mediação:
Glayci Xavier (UFF/GPS-LEIFEN)

O link será enviado por e-mail para os inscritos no evento.

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O domínio do corpo feminino: uma análise semiolinguística das violências contra Klara Castanho - Thiago Costa da Silva

O presente artigo, visando realizar uma análise semiolinguística, possui como pressuposto o fato de que a sociedade brasileira atual, seguindo uma longa tradição patriarcal e machista, realiza a perpetuação de um imaginário sociodiscursivo que condiciona as mulheres a uma posição histórico-social de menos prestígio que os homens. No dia vinte e cinco de junho de 2022, a atriz brasileira Klara Castanho, à época com vinte e dois anos, divulgou em suas redes sociais uma Carta Aberta na qual afirmava que havia sido vítima de estupro. Esta pesquisa tem por objetivo geral identificar os recursos linguístico-discursivos contidos na Carta Aberta postada por Klara Castanho e analisar os efeitos de sentido pretendidos pela atriz. Para tanto, basear-nos-emos, principalmente, em Charaudeau (2019, 2018, 2015, 2005), por abordar os conceitos de semiotização do mundo, ethos e pathos e em bell hooks (2019), por trazer importantes contribuições sobre uma reflexão acerca do feminino

Imaginários sociodiscursivos sobre o corpo em Sol, Lua e Talia: um olhar acerca da representação feminina - Gisele Eckhardt

O presente trabalho reflete acerca das representações do corpo feminino no conto Sol, Lua e Talia (BASILE, 2018), bem como os imaginários sociodiscursivos presentes nesse texto literário. Sob esse viés, tem como aporte teórico a Teoria Semiolinguística de Análise do Discurso, criada por Patrick Charaudeau (2016;2018), a qual leva em consideração não somente os sujeitos envolvidos no ato de linguagem , mas também o contrato de comunicação com suas estratégias e restrições. Além disso, vale salientar que esses imaginários decorrem de uma dupla interação “homem com o mundo, do homem com o homem”.  (CHARAUDEAU, 2018, p.205). Da mesma forma, reputamos como essenciais os estudos literários (COELHO, 1991; CARVALHO, 1985) , sociais (BOURDIEU, 2019; FOUCAULT, 2019) e feministas (FEDERICI, 2017; SAFFIOTI, 2015) para a análise do conto selecionado. A título de contextualização, no texto literário em questão (BASILE, 2018), a personagem Talia é vítima de um estupro quando está inconsciente e engravida de gêmeos. O tempo passa e ao acordar e saber do que lhe acontecera, ainda mantém um relacionamento com o seu abusador (e agora pai de seus filhos). Nesse sentido, discutir atualmente sobre o corpo feminino é imprescindível, tendo em vista que tal situação ocorre com diversas mulheres, as quais , semelhante a Talia, não percebem que são manipuladas e, muitas vezes, através da linguagem (CHARAUDEAU, 2022).

 

Ser um homem feminine não fere nossa luta feminista - Gleici Heringer

Inegalvelmente, ao longo da História, o padrão patriarcal na sociedade se materializa na exclusão das mulheres e daqueles que não se identificam como masculinos nos mais diversos setores da sociedade, em especial nos espaços de liderança e destaque. Além disso, a violência física praticada contra esses grupos constitui um gravíssimo problema que tira a vida de pessoas no mundo todo. Em relação às mulheres especificamente, no Brasil, essa verdadeira tragédia chega ao lamentável número de quatro agressões a cada quatro horas. Entretanto, por outro lado, o feminismo vem, desde a década de 1970 até os dias atuais, trazendo substanciais contribuições para a igualdade de gênero. Nesse contexto, os homens, enquanto sujeitos feministas, podem ser – e muitos já vêm sendo – grandes aliados na conquista de espaços e de respeito às mulheres. Para bell hooks (2018), há uma urgência de se amainar os discursos que colocam o homem como inimigo do feminismo, apontando não só para a necessidade de reconhecimento daqueles que já são aliados, bem como da importância conquistar os que ainda não aderiram à causa. Este estudo pretende investigar, prioritariamente a partir da Teoria Semiolinguística de Análise do Discurso, o movimento He for She iniciado pela ONU, por meio da análise de textos verbo-visuais divulgados na página da instituição (https://www.onumulheres.org.br/elesporelas/), que constroem imaginários discursivos com o intuito de mobilizar os homens para o combate ao patriarcalismo. A fim de estabelecer uma contraposição desses discursos, serão também analisados textos relacionados ao feminismo, presentes no portal de ultra-direita Metapédia. De forma articulada, recorremos às investigações sobre os processos de referenciação e de designação (Koch, 2005), além dos pressupostos sobre a subjetividade/identidade na linguagem (Orechioni, 1980), hooks (2018), Hollanda (2019) e Bourdieu (2021). 

Uma análise semiolinguística da misoginia em propagandas dos séculos XX e XXI - Natália Rocha e Luana Machado (IFRJ)

Este trabalho propõe-se a analisar os imaginários sociodiscursivos presentes em memes que abordam o anticomunismo nas redes sociais. Para tanto, utiliza como referencial teórico-metodológico a Análise do Discurso Semiolinguística de Patrick Charaudeau, com ênfase na noção de imaginários sociodiscursivos, enquanto representações sociais. O corpus foi composto por três postagens retiradas de perfis de direita de uma das principais redes sociais da atualidade, o Facebook, publicadas nos anos de 2021 e 2022. Os resultados mostraram que os memes se apresentam como o gênero discursivo mais comentado e compartilhado na sociedade contemporânea, revelando imaginários sociodiscursivos de que os comunistas são hipócritas por usufruírem dos bens de consumo capitalistas e de que o principal problema a ser combatido na atualidade é a “ameaça comunista” responsável pelas mazelas sociais e usurpador da liberdade de expressão. Ainda, observamos que os imaginários possuem uma predominância de saberes de crença, pois estão inseridos dentro da subjetividade do sujeito, dos seus juízos de valor e de suas experiências culturais, políticas ou religiosas. Concluímos que os memes analisados são representações e produções de sentidos na sociedade brasileira contemporânea acerca do comunismo, valendo-se de elementos discursivos que desencadeiam a disseminação daquilo que se pretende mostrar como verdade, na busca pela adesão da sociedade.

GRUPO 4

SEMIOLINGUÍSTICA, VIOLÊNCIA E RESISTÊNCIA

Mediação:
Rafael Guimarães (IFRJ/GPS-LEIFEN)

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A causalidade no embate racial: uma análise da canção "Eu vim de lá" pelo viés semiolinguístico - Giselle de Souza Reis Coutinho (UFF)

O gênero musical rap, cujo objetivo é retratar as conquistas e denunciar as mazelas da população negra, tem bastante força no Brasil. Diversos são os artistas que carregam esse mesmo propósito, provando a existência de uma desigualdade racial por meio de suas letras de música. Nessa seara, partimos da hipótese de que o rapper Kyan, na canção “Eu vim de lá”, corpus selecionado, dá destaque a esse debate por meio, principalmente, do estabelecimento de relações de causalidades entre os fatos narrados. Assim, buscamos analisar o que o uso dessa categoria na letra revela e o porquê de essa utilização configurar a predominância do modo argumentativo na canção. Para alcançarmos esse propósito, pautamo-nos, principalmente, na teoria Semiolinguística do Discurso, com base no conceito de Sujeitos de linguagem, Semiotização de Mundo, Modos de Organização e Causalidade de Patrick Charaudeau (1992; 2007; 2016). Além disso, tendo em vista a temática racial da composição musical, também nos basearemos nos teóricos Juliana Borges (2019) e Silvio Almeida (2019). Desse modo, pretendemos constatar que o projeto enunciativo do rapper Renan não só evidencia uma expansão semântica do uso gramatical da causalidade, como também denuncia a existência de uma realidade de discriminação racial em todas as esferas socioeconômicas. 

Isto é gaslighting? Uma análise descritiva do imaginário sociodiscursivo da loucura sobre o feminino em capas da revista Isto É - Alessandro Alves dos Santos (UFF)

A presente comunicação pretende analisar, por intermédio de um corpus de quatro capas da revista Isto É, sob um eixo temporal diacrônico, a manifestação do discurso gaslighting contra a mulher, calcada no existente imaginário sociodiscursivo da loucura historicamente atribuída a ela (FOUCAULT, 1978). Como o gênero textual capa de revista (CORADO, 2010) é construído por intermédio da linguagem verbo-visual, priorizaremos, de acordo com a nossa temática, o modo descritivo de organização do discurso, semiotizado pelos signos linguísticos e imagéticos adjetivos, cuja análise será pautada, sobretudo, nos estudos de Charaudeau (2005; 2008; 2016; 2017; 2018) e de Barthes (1990), respectivamente. Por meio desse arcabouço teórico, pretende-se investigar, de acordo com as características do gênero em questão, que faz parte do domínio discursivo das mídias (CHARAUDEAU, 2019), como os signos verbais e visuais engendram, conjuntamente, o discurso gaslighting (SARKIS, 2019) nas capas em questão. Este discurso é posto em prática por certas pessoas – em sua maioria, homens – que visam, por sua característica de manipulação e de distorção recorrentes dos fatos, a fazer a mulher interpretante crer, de forma tácita, no sentido de mantê-la sob controle, que não seria naturalmente capaz ou responsável por seus próprios atos pelo simples fato de ser mulher. Tal análise se centrará em comprovar a hipótese de que esse tipo de discurso ultrapassa – de forma consciente ou inconsciente –, as relações amorosas, reverberando, inclusive, nos discursos sociais, entendendo que tal discurso manipulador e nocivo, por parte de Isto É, é utilizado contra a mulher sob diversas intencionalidades como possível mecanismo discursivo de disseminação e de manutenção, em larga escala, da ideologia patriarcal defendida pelas mídias hegemônicas.

Representatividade negra na literatura infantojuvenil: da existência à resistência - André Marques

Esta comunicação propõe uma análise semiolinguageira sobre a representação e representatividade negra em livros ilustrados destinados ao público infantojuvenil. A análise fundamenta-se nos pressupostos teórico-metodológicos da Teoria Semiolinguística, tendo como base o duplo processo de semiotização do mundo, o contrato de comunicação do livro ilustrado, a identidade dos sujeitos da linguagem, os imaginários sociodiscursivos sobre raça, os modos de organização do discurso e a dimensão argumentativa do narrar. Partimos da premissa de que a literatura em países submetidos à colonização constitui-se de letramentos hegemônicos que, diacronicamente, materializam nas obras literárias imaginários e estereótipos negativos sobre minorias étnico-raciais, estabelecendo relações de força, hierarquia e dominação. Por ser a literatura um espaço simbólico de poder, ocupado historicamente pelo grupo racial hegemônico, analisar a representatividade negra em obras literárias é, por um lado, uma necessidade de investigar em que medida o quadro de invisibilidade e sub-representação/estereótipos tem sido enfrentado pelas instâncias de produção literária e, por outro, uma forma de analisar como essas instâncias, projetando uma argumentação implícita na narrativa verbo-visual, têm mobilizado elementos linguístico-discursivos para compor uma proposição representativa/antirracista. Partimos da hipótese de que entre a representação e a representatividade há um continuum que vai da mera inserção de personagens negros na história (existência) à efetiva representatividade da obra literária (resistência) como enfrentamento ao racismo estrutural, institucional e sistêmico. Como Feres (2023), defendemos que a literatura infantil, em um cenário de obras mais comprometidas com a valorização das diferenças, engajadas na luta contra o racismo, pode conscientizar, humanizar o público leitor, fazendo-o lidar com suas emoções, afetos, crenças/imaginários, provocando reflexões sobre empatia e respeito às diferenças. Para analisar a semiose verbo-visual dos livros ilustrados e sua dimensão argumentativa no modo narrativo, além da Semiolinguística, fundamentada em Charaudeau (2004; 2005; 2008; 2013; 2018) e Feres (2019; 2023), recorremos a um aporte interdisciplinar com teóricos como Amossy (2011; 2018), Coelho (2000), Cavalleiro (2001, 2020), Fanon (2008) e Street (2014). Para a análise, selecionamos o corpus constituído pelos livros ilustrados: “Ciça” (POSSATTI, 2004); “Menina bonita do laço de fita” (MACHADO 2011), “O Pequeno Príncipe Preto” (FRANÇA, 2020) e “Da minha janela (JÚNIOR, 2022). A partir dessa investigação qualitativa, analisamos como as relações entre palavra-imagem, numa dimensão argumentativa do ato de narrar, constroem a representatividade negra, rompendo estereótipos e imaginários raciais negativos para uma valorização efetiva identidade negra.

Inscrições

Para se inscrever no evento e ganhar o certificado de 8h, é necessário pagar a taxa de inscrição, no valor de R$ 20, via PIX, preencher o formulário e, ao final do formulário, enviar o comprovante. Após a confirmação do pagamento, enviaremos um e-mail informando que a inscrição foi efetivada.

Chave PIX: semiolinguisticauff@gmail.com

A inscrição é grátis para graduandos. Basta enviar o comprovante de que está cursando a graduação no lugar do comprovante de pagamento.

Será necessário também preencher, no dia, o formulário para registrar a frequência.

Para mais informações,
envie um e-mail para semiolinguisticauff@gmail.com.

Você também pode enviar sua mensagem clicando no botão abaixo:

Programação

No dia, cupom de desconto de 20% da Editora Contexto nos livros do GPS-LEIFEN:
“Discurso Amoroso na Literatura Infantil” e “Semiolinguística aplicada ao Ensino”.
Manhã   (9:00 – 13:00)

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9:00
ABERTURA
A LINGUAGEM DA ÉTICA DO AMOR

Patricia Neves Ribeiro (UFF/GPS-LEIFEN)

9:15
MESA 1
DISCURSO AMOROSO NA LITERATURA INFANTIL

Interfaces do amor na literatura infantil
♦ Regina Michelli  (UERJ/EnLIJ)

Ubuntu literário
Beatriz Feres (UFF/GPS-LEIFEN)

Mediação:
Rosane Monnerat (UFF/GPS-LEIFEN)
11:00
MESA 2
LETRAMENTO RACIAL

Letramentos e constituição de identidade negra: um estudo em escola pública do Maranhão
♦ Jesica Sales (UFPI/NEPAD)

A urgência da representatividade negra na literatura infantil: entre textos e afetos
♦ Sonia Rosa (escritora)

Letramento racial
♦ Gabriel Nascimento (UFSB)

Mediação:
Ilana Rebello (UFF/GPS-LEIFEN)
Tarde (14:00 – 16:00)
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14:00
MESA 3
UMA QUESTÃO DE GÊNERO

Alteradas, superadas e subversivas: o universo de Maitena entre traços e rasuras feministas
♦ Roberta Viegas (UFF/GPS-LEIFEN)

“Onde queres um lar, revolução”: Uma questão de gênero na representação e na representatividade LGBT nas telenovelas
♦ Murilo Martins (UFF/GPS-LEIFEN)

Quebrando estereótipos e construindo pontes: educação inclusiva no cárcere para identidades LGBTQI+ e o enfrentamento das dinâmicas de opressão
♦ Kylderi Domingos (UFRRJ)

Mediação:
Nadja Pattresi (UFF/GPS-LEIFEN)
SESSÕES DE COMUNICAÇÃO
(16:00 – 18:00)
Organização: Graziela Borguignon e Murilo Martins (UFF/GPS-LEIFEN)
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GRUPO 1

SEMIOLINGUÍSTICA EM DIFERENTES DOMÍNIOS DISCURSIVOS

Mediação:
Welton Pereira (UFF/GPS-LEIFEN)

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A midiatização do discurso científico em crônicas jornalísticas - Graziela Borguignon Mota (UFF)
O progresso da ciência apresenta desdobramentos nos eixos centrais da existência humana, principalmente, quando pensamos em saúde, em tecnologia, em política, em economia, entre outros. Entende-se que interessa a todos os membros da sociedade o conhecimento adquirido por meio das pesquisas científicas, em virtude das melhorias que podem ser aplicadas de imediato na vida das pessoas e nas atividades cotidianas. Para que a sociedade, de uma forma geral, possa usufruir desses ganhos promovidos pelo avanço científico, todo esse conhecimento precisa ser compartilhado, comunicado, midiatizado; ou seja, esse deve ser um objeto “social”, disponível para todos os membros de uma comunidade. Quando abordamos a divulgação científica, verificamos, entretanto, que ainda carecemos de muita discussão quanto à popularização do conhecimento científico. Compreendemos, nesse sentido, o papel dos estudos da linguagem no fomento à discussão e no auxílio à promoção de programas de divulgação da ciência. Assim, para analisarmos a midiatização do discurso científico, elegemos Leandro Karnal, por seu papel multifacetado, de professor, historiador, intelectual público, escritor, palestrante, e suas enunciações de ampla circulação social. De modo mais específico, selecionamos crônicas de Karnal publicadas no Jornal O Estado de São Paulo. Com relação ao aporte teórico-metodológico voltado ao exame desse contrato de midiatização do discurso científico, nos filiamos aos pressupostos da Teoria Semiolinguística do Discurso, desenvolvida por Patrick Charaudeau (2008 e 2022), e, também, às recentes pesquisas das professoras Maria Eduarda Giering (2019) e Maria Aldina Marques (2020). Com esta pesquisa, objetivamos apontar quais são as estratégias de popularização do discurso científico, utilizadas no corpus selecionado, para desvelar a identidade de um enunciador “cientista” que também assume o papel de um enunciador “cronista” na busca pela midiatização de saberes de conhecimento. Importa, portanto, mencionar que a escolha desse olhar para o objeto de estudo selecionado se deve pelo interesse em refletir sobre a democratização do discurso científico com base em uma perspectiva social.
O grande irmão ou o grande vilão? da distopia ao cancelamento nas redes sociais sob uma análise semiolinguística - Elenita Arguelles (UFF)

Sob a perspectiva da Teoria Semiolinguística de Análise do Discurso (CHARAUDEAU, 2001, 2005, 2008, 2010, 2016 e 2018) e de estudos concernentes às mídias digitais (JENKINS, 2008; RECUERO, 2009), este trabalho tem como objetivo investigar a atual situação político-social brasileira, no que tem de análoga à distopia prevista no romance 1984, de Orwell (2021), considerando-se a “cultura do cancelamento”, potencialmente disseminada, sobretudo, a partir do reality show Big Brother Brasil. Nosso interesse de análise incide sobre a hipótese de que o programa de TV expõe a presença do “Grande Irmão”, aquele que tudo vê e que tudo ouve, controlando/criando padrões de comportamento e deixando, muitas vezes, em negativa exposição, aqueles que, de alguma maneira, não se encaixam/adaptam a esses cercos psicossociais intencionalmente construídos. A partir dessa hipótese, analisamos postagens do Twitter e do Instagram, relacionadas ao BBB, em sua edição de 2021, concentradas em discussões críticas promovidas pelo público telespectador em torno de “cancelamentos” supostamente promovidos pelo próprio programa. Tal exame preliminar se debruça sobre o modo de organização argumentativo, em semiose verbo-visual, relativamente aos componentes e procedimentos flagrados nas encenações das postagens selecionadas.

A empatia enquanto estratégia de captação em petições iniciais - uma análise semiolinguística da emoção no discurso jurídico - Douglas do Carmo Araújo (UFF)

Este trabalho tem como objetivo analisar uma petição inicial (PI) que alega dano moral, originada da esfera cível, a fim de mostrar como o sujeito-comunicante elabora a busca pela da empatia nesse gênero. Esse movimento discursivo é entendido enquanto estratégia de patemização, servindo para captar o interlocutor, com intuito de fazê-lo aderir ao discurso que lhe é posto. Nesse caso, a empatia se busca por meio das palavras e sentenças que evocam emoções direta e indiretamente. A análise do corpus possui caráter qualitativo e interpreta dados de um exemplar do gênero petição inicial (PI), submetido ao poder judiciário estadual da comarca do Rio de Janeiro. Além disso, com base na Teoria Semiolinguística de Análise do Discurso de Patrick Charaudeau, este trabalho apoia-se, principalmente, sobre o conceito de visada discursiva (CHARAUDEAU, 2010a) e, também, sobre o postulado de patemização (CHARAUDEAU, 2010b). Esta pesquisa tem mostrado que, na PI analisada, o orador recorre às estratégias linguístico-discursivas desencadeadoras de efeitos patemizantes com o intuito de alcançar o que pretende em sua encenação discursiva: captar seu auditório (o juiz) para seja favorável ao seu pedido.

Ethé em (dis)curso: a construção do contrato de cura em relato de uma vítima de João de Deus - Jean Ignacio Lima (UFRJ)

Este trabalho, ancorando-se, sobretudo, na teoria Semiolinguística de Análise do Discurso (CHARAUDEAU, 2019), tem por objetivo analisar a construção do ethos prévio e do ethos discursivo de João de Deus a partir do ethos atribuído em relato de uma de suas vítimas concedido ao livro-reportagem “A Casa” (2020). Pela relação de força exercida em cena comunicativa, o ethos prévio (médium curandeiro) lhe confere o potencial de apagar o ethos efetivo (abusador) durante os rituais de cura, silenciando, consequentemente, suas vítimas e levando-as a creditá-lo pela sua legitimidade. Convocam-se a esta análise, portanto, conceitos fundamentais sobre o ethos como meio artístico de prova na persuasão (ARISTÓTELES, 2005), (CHARAUDEAU, 2018), (MAINGUENEAU, 2008/2013), (AMOSSY, 2013), bem como a noção de Silêncio cunhada por Orlandi (2007). A partir de um estudo pela ótica dos ethe, esperamos, então, evidenciar pelo relato da vítima as estratégias linguístico-discursivas na encenação médium x paciente que subvertem abusos sexuais em atos de cura.

GRUPO 2

SEMIOLINGUÍSTICA EM DIFERENTES EMOÇÕES

Mediação:
Eveline Cardoso (UERJ/GPS-LEIFEN)

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As representações do amor em cantigas de capoeira: discursos, imagens e imaginários - Dalila Maria Silva de Macêdo (PPGEL/UFPI/NEPAD)

O presente trabalho é fruto de uma pesquisa em andamento e propõe-se a analisar os sujeitos e os imaginários sociodiscursivos presentes em cantigas de capoeira que abordam a temática de amor entre o capoeirista e uma mulher denominada como “morena”. Para tanto, utilizamos como referencial teórico-metodológico a Análise do Discurso Semiolinguística de Patrick Charaudeau (2001, 2017), com ênfase na construção dos sujeitos e na noção de imaginários sociodiscursivos, enquanto representações sociais. O corpus foi composto por três cantigas: duas de autoria de participantes do grupo Virtude Capoeira escritas nos anos de 2001 e 2022 e uma retirada da plataforma digital Youtube postada no ano de 2020.  Os resultados mostraram que todas as letras partem de um sujeito masculino capoeirista, o qual relata uma dualidade amorosa vivida entre a arte e a mulher e revela imaginários sociodiscursivos de que a capoeira é também uma relação amorosa sob a perspectiva de refúgio, além do sofrimento do sujeito capoeirista ao ser abandonado pela amada e da escolha que ele precisa fazer entre os dois amores. Assim, concluímos que apesar da variação temporal das composições, as cantigas de capoeira representam as diversas formas de amar, valendo-se de elementos discursivos que comparam e hierarquizam o amor pela arte da capoeira acima do amor da amada. 

O discurso amoroso na literatura piauiense: o contrato de comunicação entre um autor enternecido e um leitor apaixonado - Luis Felipe da Silva Castelo Branco (PPGEL/UFPI/NEPAD)

A perspectiva teórico-metodológica da Análise do Discurso Semiolinguística oferece ferramentas para a compreensão do processo de construção de sentidos em diferentes manifestações linguageiras. Nesta perspectiva, a análise do discurso literário se apresenta não apenas como uma possibilidade, mas também como uma via de diálogo entre a Linguística e a Literatura. Partindo desses pressupostos, analisamos neste trabalho o discurso amoroso na literatura piauiense. Como base teórica, utilizamos principalmente os trabalhos de Charaudeau (2005, 2016) e Feres (2023). Selecionamos como corpus o conto O Forrozeiro, de Fontes Ibiapina, presente na obra Chão de Meu Deus (2009). Isto posto, analisamos as circunstâncias de discurso e as especificidades do contrato de comunicação do referido conto. Como resultados parciais, identificamos, no que diz respeito às circunstâncias de discurso, que o ato de linguagem é gestado em um cenário social e político em que havia a preocupação dos intelectuais piauienses de denunciar a condição de subdesenvolvimento do Piauí em comparação aos demais estados brasileiros, algo perceptível no conto através da crítica às desigualdades entre ricos e pobres. Junto a isso, a análise do contrato de comunicação demonstrou a presença de um sujeito comunicante, o qual projeta um narrador-contador de uma história ficcional e investe na polêmica e dramatização como estratégias para captação do interlocutor. Em suma, constatamos que o discurso amoroso do conto Forrozeiro se destina a um leitor engajado para o reconhecimento de discursos antagônicos acerca de questões de classe social, cor e gênero presentes na sociedade piauiense dos anos 1950.

Identidade, diferença e amizade no livro Pedro e Tina, de Stephen Michael King- Felipe Ribeiro Campos (UFF)

O menino Pedro, que faz tudo oposto do esperado ao agir e vestir-se de forma diferente, em uma manhã, encontra Tina, menina que faz tudo certo e é perfeita no modo de se portar. A amizade entre as duas crianças chama a atenção nesta obra escrita e ilustrada por Stephen Michael King, e a forma como duas personagens tão opostas se respeitam e entendem as diferenças de cada uma é um tópico importante para reflexão. Tina, mesmo imersa em toda perfeição, gostaria de poder descumprir as regras que lhe são impostas e vê em seu novo amigo uma oportunidade de experimentar, observando a beleza na diferença que Pedro representa. Por outro lado, aquele menino que no começo do conto ilustrado é mostrado como sozinho e deslocado, na verdade tem um mundo de possibilidades para oferecer. Celebrando a diferença nas atitudes, no olhar e na disponibilidade de Pedro e Tina, temos a proposta de analisar as representações das personagens que, de alguma forma, não se sentem parte do mundo onde vivem, bem como investigar a maneira que elas se relacionam com outras personagens. Serão analisadas as suas descrições, como elas agem e se apresentam, suas representações em palavras e imagens visuais, estratégias usadas pelo autor e como esse incômodo com a diferença e a falta de sensação de pertencimento são tratadas como mensagem nas obras. Esta pesquisa encontra embasamento teórico em textos de Patrick Charaudeau, Teresa Colomer, Beatriz Feres e Martin Salisbury e Morag Styles.

GRUPO 3

SEMIOLINGUÍSTICA NA AFIRMAÇÃO DA MULHER

Mediação:
Glayci Xavier (UFF/GPS-LEIFEN)

O link será enviado por e-mail para os inscritos no evento.

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O domínio do corpo feminino: uma análise semiolinguística das violências contra Klara Castanho - Thiago Costa da Silva (UFF)

O presente artigo, visando realizar uma análise semiolinguística, possui como pressuposto o fato de que a sociedade brasileira atual, seguindo uma longa tradição patriarcal e machista, realiza a perpetuação de um imaginário sociodiscursivo que condiciona as mulheres a uma posição histórico-social de menos prestígio que os homens. No dia vinte e cinco de junho de 2022, a atriz brasileira Klara Castanho, à época com vinte e dois anos, divulgou em suas redes sociais uma Carta Aberta na qual afirmava que havia sido vítima de estupro. Esta pesquisa tem por objetivo geral identificar os recursos linguístico-discursivos contidos na Carta Aberta postada por Klara Castanho e analisar os efeitos de sentido pretendidos pela atriz. Para tanto, basear-nos-emos, principalmente, em Charaudeau (2019, 2018, 2015, 2005), por abordar os conceitos de semiotização do mundo, ethos e pathos e em bell hooks (2019), por trazer importantes contribuições sobre uma reflexão acerca do feminino.

Imaginários sociodiscursivos sobre o corpo em Sol, Lua e Talia: um olhar acerca da representação feminina - Gisele Eckhardt (UFF)

O presente trabalho reflete acerca das representações do corpo feminino no conto Sol, Lua e Talia (BASILE, 2018), bem como os imaginários sociodiscursivos presentes nesse texto literário. Sob esse viés, tem como aporte teórico a Teoria Semiolinguística de Análise do Discurso, criada por Patrick Charaudeau (2016;2018), a qual leva em consideração não somente os sujeitos envolvidos no ato de linguagem , mas também o contrato de comunicação com suas estratégias e restrições. Além disso, vale salientar que esses imaginários decorrem de uma dupla interação “homem com o mundo, do homem com o homem”.  (CHARAUDEAU, 2018, p.205). Da mesma forma, reputamos como essenciais os estudos literários (COELHO, 1991; CARVALHO, 1985) , sociais (BOURDIEU, 2019; FOUCAULT, 2019) e feministas (FEDERICI, 2017; SAFFIOTI, 2015) para a análise do conto selecionado. A título de contextualização, no texto literário em questão (BASILE, 2018), a personagem Talia é vítima de um estupro quando está inconsciente e engravida de gêmeos. O tempo passa e ao acordar e saber do que lhe acontecera, ainda mantém um relacionamento com o seu abusador (e agora pai de seus filhos). Nesse sentido, discutir atualmente sobre o corpo feminino é imprescindível, tendo em vista que tal situação ocorre com diversas mulheres, as quais , semelhante a Talia, não percebem que são manipuladas e, muitas vezes, através da linguagem (CHARAUDEAU, 2022).

Ser um homem feminine não fere nossa luta feminista - Gleici Heringer (UFF)

Inegalvelmente, ao longo da História, o padrão patriarcal na sociedade se materializa na exclusão das mulheres e daqueles que não se identificam como masculinos nos mais diversos setores da sociedade, em especial nos espaços de liderança e destaque. Além disso, a violência física praticada contra esses grupos constitui um gravíssimo problema que tira a vida de pessoas no mundo todo. Em relação às mulheres especificamente, no Brasil, essa verdadeira tragédia chega ao lamentável número de quatro agressões a cada quatro horas. Entretanto, por outro lado, o feminismo vem, desde a década de 1970 até os dias atuais, trazendo substanciais contribuições para a igualdade de gênero. Nesse contexto, os homens, enquanto sujeitos feministas, podem ser – e muitos já vêm sendo – grandes aliados na conquista de espaços e de respeito às mulheres. Para bell hooks (2018), há uma urgência de se amainar os discursos que colocam o homem como inimigo do feminismo, apontando não só para a necessidade de reconhecimento daqueles que já são aliados, bem como da importância conquistar os que ainda não aderiram à causa. Este estudo pretende investigar, prioritariamente a partir da Teoria Semiolinguística de Análise do Discurso, o movimento He for She iniciado pela ONU, por meio da análise de textos verbo-visuais divulgados na página da instituição (https://www.onumulheres.org.br/elesporelas/), que constroem imaginários discursivos com o intuito de mobilizar os homens para o combate ao patriarcalismo. A fim de estabelecer uma contraposição desses discursos, serão também analisados textos relacionados ao feminismo, presentes no portal de ultra-direita Metapédia. De forma articulada, recorremos às investigações sobre os processos de referenciação e de designação (Koch, 2005), além dos pressupostos sobre a subjetividade/identidade na linguagem (Orechioni, 1980), hooks (2018), Hollanda (2019) e Bourdieu (2021).

Uma análise semiolinguística da misoginia em propagandas dos séculos XX e XXI - Natália Rocha (IFRJ) e Luana Machado (IFRJ)

O objetivo deste trabalho é analisar a representação da mulher em propagandas brasileiras dos séculos XX e XXI, utilizando, para isso, o arcabouço teórico da Análise Semiolinguística do Discurso. A pesquisa revela que tais representações contribuem para a perpetuação de estereótipos de gênero, nos quais a mulher é retratada de forma objetificada e submissa, voltada para o universo masculino. A análise qualitativa dos textos selecionados mostra a escolha do enunciador por índices linguísticos e imagens que reforçam a concepção de que a mulher é um objeto de desejo, uso e consumo. Além disso, torna possível a compreensão de que as semioses presentes nessas propagandas contribuíram para a construção social e cultural da imagem feminina, fornecendo subsídios para reflexões sobre a necessidade de mudanças nessas representações. Por fim, essa investigação torna evidente a necessidade de questionar e desconstruir esses estereótipos, buscando uma abordagem mais igualitária e empoderada da mulher na sociedade. 

GRUPO 4

SEMIOLINGUÍSTICA, VIOLÊNCIA E RESISTÊNCIA

Mediação:
Rafael Guimarães (IFRJ/GPS-LEIFEN)

O link será enviado por e-mail para os inscritos no evento.

***Clique no título para saber mais sobre o trabalho***

A causalidade no embate racial: uma análise da canção “Eu vim de lá” pelo viés semiolinguístico - Giselle de Souza Reis Coutinho (UFF)

O gênero musical rap, cujo objetivo é retratar as conquistas e denunciar as mazelas da população negra, tem bastante força no Brasil. Diversos são os artistas que carregam esse mesmo propósito, provando a existência de uma desigualdade racial por meio de suas letras de música. Nessa seara, partimos da hipótese de que o rapper Kyan, na canção “Eu vim de lá”, corpus selecionado, dá destaque a esse debate por meio, principalmente, do estabelecimento de relações de causalidades entre os fatos narrados. Assim, buscamos analisar o que o uso dessa categoria na letra revela e o porquê de essa utilização configurar a predominância do modo argumentativo na canção. Para alcançarmos esse propósito, pautamo-nos, principalmente, na teoria Semiolinguística do Discurso, com base no conceito de Sujeitos de linguagem, Semiotização de Mundo, Modos de Organização e Causalidade de Patrick Charaudeau (1992; 2007; 2016). Além disso, tendo em vista a temática racial da composição musical, também nos basearemos nos teóricos Juliana Borges (2019) e Silvio Almeida (2019). Desse modo, pretendemos constatar que o projeto enunciativo do rapper Renan não só evidencia uma expansão semântica do uso gramatical da causalidade, como também denuncia a existência de uma realidade de discriminação racial em todas as esferas socioeconômicas.

Isto é gaslighting? Uma análise descritiva do imaginário sociodiscursivo da loucura sobre o feminino em capas da revista Isto É - Alessandro Alves dos Santos(UFF)

A presente comunicação pretende analisar, por intermédio de um corpus de quatro capas da revista Isto É, sob um eixo temporal diacrônico, a manifestação do discurso gaslighting contra a mulher, calcada no existente imaginário sociodiscursivo da loucura historicamente atribuída a ela (FOUCAULT, 1978). Como o gênero textual capa de revista (CORADO, 2010) é construído por intermédio da linguagem verbo-visual, priorizaremos, de acordo com a nossa temática, o modo descritivo de organização do discurso, semiotizado pelos signos linguísticos e imagéticos adjetivos, cuja análise será pautada, sobretudo, nos estudos de Charaudeau (2005; 2008; 2016; 2017; 2018) e de Barthes (1990), respectivamente. Por meio desse arcabouço teórico, pretende-se investigar, de acordo com as características do gênero em questão, que faz parte do domínio discursivo das mídias (CHARAUDEAU, 2019), como os signos verbais e visuais engendram, conjuntamente, o discurso gaslighting (SARKIS, 2019) nas capas em questão. Este discurso é posto em prática por certas pessoas – em sua maioria, homens – que visam, por sua característica de manipulação e de distorção recorrentes dos fatos, a fazer a mulher interpretante crer, de forma tácita, no sentido de mantê-la sob controle, que não seria naturalmente capaz ou responsável por seus próprios atos pelo simples fato de ser mulher. Tal análise se centrará em comprovar a hipótese de que esse tipo de discurso ultrapassa – de forma consciente ou inconsciente –, as relações amorosas, reverberando, inclusive, nos discursos sociais, entendendo que tal discurso manipulador e nocivo, por parte de Isto É, é utilizado contra a mulher sob diversas intencionalidades como possível mecanismo discursivo de disseminação e de manutenção, em larga escala, da ideologia patriarcal defendida pelas mídias hegemônicas. 

Representatividade negra na literatura infantojuvenil: da existência à resistência - André Marques (UFF)

Esta comunicação propõe uma análise semiolinguageira sobre a representação e representatividade negra em livros ilustrados destinados ao público infantojuvenil. A análise fundamenta-se nos pressupostos teórico-metodológicos da Teoria Semiolinguística, tendo como base o duplo processo de semiotização do mundo, o contrato de comunicação do livro ilustrado, a identidade dos sujeitos da linguagem, os imaginários sociodiscursivos sobre raça, os modos de organização do discurso e a dimensão argumentativa do narrar. Partimos da premissa de que a literatura em países submetidos à colonização constitui-se de letramentos hegemônicos que, diacronicamente, materializam nas obras literárias imaginários e estereótipos negativos sobre minorias étnico-raciais, estabelecendo relações de força, hierarquia e dominação. Por ser a literatura um espaço simbólico de poder, ocupado historicamente pelo grupo racial hegemônico, analisar a representatividade negra em obras literárias é, por um lado, uma necessidade de investigar em que medida o quadro de invisibilidade e sub-representação/estereótipos tem sido enfrentado pelas instâncias de produção literária e, por outro, uma forma de analisar como essas instâncias, projetando uma argumentação implícita na narrativa verbo-visual, têm mobilizado elementos linguístico-discursivos para compor uma proposição representativa/antirracista. Partimos da hipótese de que entre a representação e a representatividade há um continuum que vai da mera inserção de personagens negros na história (existência) à efetiva representatividade da obra literária (resistência) como enfrentamento ao racismo estrutural, institucional e sistêmico. Como Feres (2023), defendemos que a literatura infantil, em um cenário de obras mais comprometidas com a valorização das diferenças, engajadas na luta contra o racismo, pode conscientizar, humanizar o público leitor, fazendo-o lidar com suas emoções, afetos, crenças/imaginários, provocando reflexões sobre empatia e respeito às diferenças. Para analisar a semiose verbo-visual dos livros ilustrados e sua dimensão argumentativa no modo narrativo, além da Semiolinguística, fundamentada em Charaudeau (2004; 2005; 2008; 2013; 2018) e Feres (2019; 2023), recorremos a um aporte interdisciplinar com teóricos como Amossy (2011; 2018), Coelho (2000), Cavalleiro (2001, 2020), Fanon (2008) e Street (2014). Para a análise, selecionamos o corpus constituído pelos livros ilustrados: “Ciça” (POSSATTI, 2004); “Menina bonita do laço de fita” (MACHADO 2011), “O Pequeno Príncipe Preto” (FRANÇA, 2020) e “Da minha janela (JÚNIOR, 2022). A partir dessa investigação qualitativa, analisamos como as relações entre palavra-imagem, numa dimensão argumentativa do ato de narrar, constroem a representatividade negra, rompendo estereótipos e imaginários raciais negativos para uma valorização efetiva identidade negra. 

Inscrições

Para se inscrever no evento e ganhar o certificado de 8h, é necessário pagar a taxa de inscrição, no valor de R$ 20, via PIX, preencher o formulário e, ao final do formulário, enviar o comprovante. Após a confirmação do pagamento, enviaremos um e-mail informando que a inscrição foi efetivada.

Chave PIX: semiolinguisticauff@gmail.com

A inscrição é grátis para graduandos. Basta enviar o comprovante de que está cursando a graduação no lugar do comprovante de pagamento.

Será necessário também preencher, no dia, o formulário para registrar a frequência.

Para mais informações, envie um e-mail para semiolinguisticauff@gmail.com.
Você também pode enviar sua mensagem clicando no botão abaixo:

Realização

II Encontro UFRJ-UFF

Professores e pesquisadores dos programas de Pós-Graduação em Letras da UFRJ e da UFF têm a satisfação de promover, no período de 20 a 23 de março de 2023, o II Encontro Interinstitucional de Semiolinguística do Discurso. Com a participação ilustre do Professor Patrick Charaudeau, criador da Semiolinguística, a  temática geral desta edição congrega trabalhos de renomados pesquisadores que se dedicam a abordar aspectos atuais da teoria e suas contribuições aos estudos interdisciplinares do texto e do discurso.

Taxa de inscrição: R$ 30,00

Certificado de 20h.

Mais informações em:  https://semiolinguistica.uff.br/2encontro/

Chamada para publicação

Chamada para artigos e ensaios:

A Revista Gláuks Online (Qualis Capes B1) está com chamada aberta para o volume 23, n. 1 de 2023.

Serão aceitos artigos e ensaios que versem sobre o tema “DISCURSO E    MANIPULAÇÃO”. Submissões prorrogadas até 31 de março de 2023!

Para maiores informações, acesse o site da revista por meio deste LINK.

II Encontro Interinstitucional 2023

Evento presencial – Taxa de inscrição: R$ 30,00

(Certificado de 20h. Mais informações ao final desta página)

Evento presencial – Taxa de inscrição: R$ 30,00

(Certificado de 20h. Mais informações ao final desta página)

O II Encontro Interinstitucional

O II Encontro Interinstitucional

Professores e pesquisadores dos programas de Pós-Graduação em Letras da UFRJ e da UFF têm a satisfação de promover, no período de 20 a 23 de março de 2023, o II Encontro Interinstitucional de Semiolinguística do Discurso. Com a participação ilustre do Professor Patrick Charaudeau, criador da Semiolinguística, a  temática geral desta edição congrega trabalhos de renomados pesquisadores que se dedicam a abordar aspectos atuais da teoria e suas contribuições aos estudos interdisciplinares do texto e do discurso.  

O I Encontro Interinstitucional de Semiolinguística do Discurso ocorreu em outubro de 2018, nos dias 16 e 17 na UFRJ e nos dias 18 e 19 na UFF. O evento  celebrou os 25 anos do CIAD-RIO. Charaudeau também esteve presente na ocasião, ministrando os minicursos “As emoções como estratégias do discurso persuasivo” (UFRJ) e “A verdade da imagem entre visível, não visível e invisível” (UFF).

Comissão Organizadora do II Encontro Interinstitucional:

Maria Aparecida Lino Pauliukonis (UFRJ)

Lúcia Helena Martins Gouvêa (UFRJ)

Rosane Santos Mauro Monnerat (UFF)

Beatriz dos Santos Feres (UFF)
Glayci Kelli Reis da Silva Xavier (UFF)
Ilana da Silva Rebello Viegas (UFF)
Nadja Pattresi de Souza e Silva (UFF)
Patricia Ferreira Neves Ribeiro (UFF)
Welton Pereira e Silva (UFF)

Professores e pesquisadores dos programas de Pós-Graduação em Letras da UFRJ e da UFF têm a satisfação de promover, no período de 20 a 23 de março de 2023, o II Encontro Interinstitucional de Semiolinguística do Discurso. Com a participação ilustre do Professor Patrick Charaudeau, criador da Semiolinguística, a  temática geral desta edição congrega trabalhos de renomados pesquisadores que se dedicam a abordar aspectos atuais da teoria e suas contribuições aos estudos interdisciplinares do texto e do discurso.

O I Encontro Interinstitucional de Semiolinguística do Discurso ocorreu em outubro de 2018, nos dias 16 e 17 na UFRJ e nos dias 18 e 19 na UFF. O evento  celebrou os 25 anos do CIAD-RIO. Charaudeau também esteve presente na ocasião, ministrando os minicursos “As emoções como estratégias do discurso persuasivo” (UFRJ) e “A verdade da imagem entre visível, não visível e invisível” (UFF).  

Comissão Organizadora do II Encontro Interinstitucional:

Maria Aparecida Lino Pauliukonis (UFRJ)
​Lúcia Helena Martins Gouvêa (UFRJ) Rosane Santos Mauro Monnerat (UFF)
Beatriz dos Santos Feres (UFF)
Glayci Kelli Reis da Silva Xavier (UFF)
Ilana da Silva Rebello Viegas (UFF)
Nadja Pattresi de Souza e Silva (UFF)
Patricia Ferreira Neves Ribeiro (UFF)
Welton Pereira e Silva (UFF)

Conferencista

Patrick Charaudeau

Professor Emérito da Universidade Paris XIII

Criador da Teoria Semiolinguística de Análise do Discurso, é  professor Emérito da Universidade de Paris-Nord (Paris XIII), diretor-fundador do Centro de Análise de Discurso (CAD) dessa mesma universidade, além de pesquisador do Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS) e membro do Collège Iconique do Institut Nationel de l’Audiovisuel (INA). É autor de vários livros, capítulos de livros e artigos de revistas, todos dedicados aos estudos discursivos. Recentemente, publicou pela Editora Contexto o livro “A manipulação da verdade: do triunfo da negação às sombras da pós-verdade“.

Lançamento de livro

No evento, teremos o lançamento do livro “A manipulação da verdade: do triunfo da negação às sombras da pós-verdade”, de Patrick Charaudeau, publicado pela Editora Contexto recentemente.

No livro, Charaudeau apresenta reflexões sobre a negação, a verdade e a pós-verdade, tecendo discussões acerca de estratégias de manipulação engendradas pelo discurso. Em tempos de fake news e discursos conspiratórios, a obra mostra-se atual e essencial.

Mesas-redondas

Logo após a fala de Charaudeau, ocorrerá em cada dia uma mesa-redonda composta por professores convidados, de diferentes universidades, que têm como base teórica de pesquisa a Semiolinguística do Discurso.

Conferencista

Patrick Charaudeau

Professor Emérito da Universidade Paris XIII

Criador da Teoria Semiolinguística de Análise do Discurso, é  professor Emérito da Universidade de Paris-Nord (Paris XIII), diretor-fundador do Centro de Análise de Discurso (CAD) dessa mesma universidade, além de pesquisador do Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS) e membro do Collège Iconique do Institut Nationel de l’Audiovisuel (INA). É autor de vários livros, capítulos de livros e artigos de revistas, todos dedicados aos estudos discursivos. Recentemente, publicou pela Editora Contexto o livro “A manipulação da verdade: do triunfo da negação às sombras da pós-verdade“.

Lançamento de livro

No evento, teremos o lançamento do livro “A manipulação da verdade: do triunfo da negação às sombras da pós-verdade”, de Patrick Charaudeau, publicado pela Editora Contexto recentemente.

No livro, Charaudeau apresenta reflexões sobre a negação, a verdade e a pós-verdade, tecendo discussões acerca de estratégias de manipulação engendradas pelo discurso. Em tempos de fake news e discursos conspiratórios, a obra mostra-se atual e essencial.

Mesas-redondas

Logo após a fala de Charaudeau, ocorrerá em cada dia uma mesa-redonda composta por professores convidados, de diferentes universidades, que têm como base teórica de pesquisa a Semiolinguística do Discurso.

Programação

Dia 20/03/23 – UFRJ

Local: Auditório G2, 2º andar – Bloco G 

Faculdade de Letras UFRJ – Av. Horácio de Macedo, 2151 – Cidade Universitária, Ilha do Fundão

9:00
CONFERÊNCIA
As estratégias de manipulação

Patrick Charaudeau

11:00
LANCHE
Intervalo para um bate-papo com os amigos
11:40
MESA-REDONDA

Narrativas de vidas de transclasses
♦  Ida Lúcia Machado (UFMG)

Discursos sobre o corpo da mulher gorda em mídias sociais
♦  Giselle Maria Sarti Leal (UNIRIO)

Os movimentos do sujeito em processos de referenciação: a aventura da semiotização do mundo
♦  Mário Acrisio Alves Júnior (UFES)

 Dia 21/03/23 – UFRJ

Local: Auditório G2, 2º andar – Bloco G 

Faculdade de Letras UFRJ – Av. Horácio de Macedo, 2151 – Cidade Universitária, Ilha do Fundão

9:00
CONFERÊNCIA
O discurso populista como síndrome das crises sociais

Patrick Charaudeau

11:00
LANCHE
Intervalo para um bate-papo com os amigos
11:40
MESA-REDONDA

Neologia e deslizamento categorial em sintagmas binominais: aspectos semântico-discursivos
♦  André Crim Valente (UERJ)

Quando a vítima é a democracia: uma problemática do discurso político
♦  William Menezes (UFOP)

Argumentação multimodal e inferências intersemióticas
♦  Amanda Heiderich Marchon (UFES) e Welton Pereira e Silva (UFF)

Dia 22/03/23 – UFF

Local: Auditório Macunaíma, 4º andar – Bloco B (Sala 405B)

Instituto de Letras UFF – R. Prof. Marcos Waldemar de Freitas Reis, s/n – São Domingos, Niterói

9:00
CONFERÊNCIA
O discurso manipulatório: procedimentos para fazer crer

Patrick Charaudeau

11:00
LANCHE
Intervalo para um bate-papo com os amigos
11:40
MESA-REDONDA

A Semiolinguística e a Retórica: um amálgama
♦  João Benvindo (UFPI)

A narrativa do coronavírus em capas da revista Veja: a verbo-visualidade e seus efeitos de sentido
♦  Ilana da Silva Rebello (UFF)

Contribuição da Semiolinguística à abordagem de humor em charges com foco no ensino
♦  Eveline Coelho Cardoso (UERJ)

Dia 23/03/23 – UFF

Local: Auditório Macunaíma, 4º andar – Bloco B (Sala 405B)

Instituto de Letras UFF – R. Prof. Marcos Waldemar de Freitas Reis, s/n – São Domingos, Niterói

9:00
CONFERÊNCIA
As perversões do discurso político pelo discurso populista

Patrick Charaudeau

11:00
LANCHE
Intervalo para um bate-papo com os amigos
11:40
MESA-REDONDA

A dialética do discurso estereotipado e seus efeitos de verdade
♦ Liz Feré (Universidade Paris VIII)

Vozes femininas silenciadas ou o feminino das vozes silenciadas: o que nos contam nossas ancestrais
♦  Luciana Vilhena (UNIRIO)

Vozes políticas de conotação misógina: matriz ideológica, mediação midiática e pretexto humorístico
♦  Patrícia Ferreira Neves Ribeiro (UFF)

Programação
Dia 20/03/23 – UFRJ

Local: Auditório G2, 2º andar

Bloco G 

Faculdade de Letras UFRJ – Av. Horácio de Macedo, 2151 – Cidade Universitária, Ilha do Fundão

9:00 – CONFERÊNCIA
As estratégias de manipulação

Patrick Charaudeau

11:00 – LANCHE
Intervalo para um bate-papo com os amigos
11:40 – MESA-REDONDA

Narrativas de vidas de transclasses
Ida Lúcia Machado (UFMG) 

Discursos sobre o corpo da mulher gorda em mídias sociais
Giselle Maria Sarti Leal (UNIRIO)

Os movimentos do sujeito em processos de referenciação: a aventura da semiotização do mundo
Mário Acrisio Alves Júnior (UFES)

Dia 21/03/23 – UFRJ

Local: Auditório G2, 2º andar

Bloco G 

Faculdade de Letras UFRJ – Av. Horácio de Macedo, 2151 – Cidade Universitária, Ilha do Fundão

9:00 – CONFERÊNCIA
O discurso populista como síndrome das crises sociais

Patrick Charaudeau

11:00 – LANCHE
Intervalo para um bate-papo com os amigos
11:40 – MESA-REDONDA

Neologia e deslizamento categorial em sintagmas binominais: aspectos semântico-discursivos
André Crim Valente (UERJ) 

Quando a vítima é a democracia: uma problemática do discurso político
William Menezes (UFOP)

Argumentação multimodal e inferências intersemióticas
Amanda Heiderich Marchon (UFES) e Welton Pereira e Silva (UFF)

Dia 22/03/23 – UFF

Local: Auditório Macunaíma, 4º andar – Bloco B (Sala 405B)

Instituto de Letras UFF – R. Prof. Marcos Waldemar de Freitas Reis, s/n – São Domingos, Niterói

9:00 – CONFERÊNCIA
O discurso manipulatório: procedimentos para fazer crer

Patrick Charaudeau

11:00 – LANCHE
Intervalo para um bate-papo com os amigos
11:40 – MESA-REDONDA

A Semiolinguística e a Retórica: um amálgama
João Benvindo (UFPI) 

A narrativa do coronavírus em capas da revista Veja: a verbo-visualidade e seus efeitos de sentido
Ilana da Silva Rebello (UFF)

Contribuição da Semiolinguística à abordagem de humor em charges com foco no ensino
Eveline Coelho Cardoso (UERJ)

Dia 23/03/23 – UFF

Local: Auditório Macunaíma, 4º andar – Bloco B (Sala 405B)

Instituto de Letras UFF – R. Prof. Marcos Waldemar de Freitas Reis, s/n – São Domingos, Niterói

9:00 – CONFERÊNCIA
As perversões do discurso político pelo discurso populista

Patrick Charaudeau

11:00 – LANCHE
Intervalo para um bate-papo com os amigos
11:40 – MESA-REDONDA

A dialética do discurso estereotipado e seus efeitos de verdade
Liz Feré (Universidade Paris VIII)

Vozes femininas silenciadas ou o feminino das vozes silenciadas: o que nos contam nossas ancestrais 
Luciana Vilhena (UNIRIO)

Vozes políticas de conotação misógina: matriz ideológica, mediação midiática e pretexto humorístico
Patrícia Ferreira Neves Ribeiro (UFF) 

Inscrições

Para se inscrever no evento, é necessário pagar a taxa de inscrição, no valor de R$ 30, via PIX, preencher o formulário e, ao final do formulário, enviar o comprovante. Após a confirmação do pagamento, enviaremos um e-mail informando que a inscrição foi efetivada.

Chave PIX: semiolinguisticauff@gmail.com

Para mais informações, envie um e-mail para semiolinguisticauff@gmail.com.
Você também pode enviar sua mensagem clicando no botão abaixo:

Inscrições

Para se inscrever no evento, é necessário pagar a taxa de inscrição, no valor de R$ 30, via PIX, preencher o formulário e, ao final do formulário, enviar o comprovante. Após a confirmação do pagamento, enviaremos um e-mail informando que a inscrição foi efetivada.

Chave PIX: semiolinguisticauff@gmail.com

Para mais informações, envie um e-mail para semiolinguisticauff@gmail.com.
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Realização

Realização

Fórum 2022

IX Fórum do GPS-LEIFEN

Do texto ao texto

30 anos da "Gramática do sentido e da expressão"

13 de julho de 2022  –  Evento 100% on-line

Inscreva-se!

IX Fórum do GPS-LEIFEN

Do texto ao texto

30 anos da "Gramática do sentido e da expressão"

13 de julho de 2022
Evento 100% on-line

Inscreva-se!

O Fórum

Sob a coordenação das professoras Beatriz Feres e Patricia Neves Ribeiro, o Grupo de Pesquisa em Semiolinguística: Leitura, Fruição e Ensino (GPS-LEIFEN) tem por objetivo central estudar o processo de construção de sentidos, tanto na extremidade da recepção, quanto no da produção dos textos, a fim de flagrar os mecanismos internos (textuais) e externos (discursivos e situacionais) que contribuem para a significação. Desse modo, as investigações desenvolvidas pelo grupo privilegiam o vínculo com o ensino, com vistas não só à criação de metodologias voltadas para o letramento, como também à problematização da leitura (em sentido amplo).  

Além da pesquisa acadêmica, o Grupo realiza anualmente o Fórum do GPS-LEIFEN, com o intuito de promover debates públicos acerca dos temas de interesse e palestras relacionadas à formação docente continuada. Em 2022, o evento está em sua nona edição e tem como tema: “Do texto ao texto: 30 anos da ‘Gramática do sentido e da expressão'” e pretende mostrar um pouco dos trabalhos desenvolvidos por integrantes do grupo, orientandos, além de parceiros, como os pesquisadores do CIAD-Rio/UFRJ e do NEPAD/UFPI.

Comissão Organizadora do IX Fórum do GPS-LEIFEN:
Profa. Dra. Beatriz dos Santos Feres                                    
Profa. Dra. Eveline Coelho Cardoso                                    
Profa. Dra. Glayci Kelli Reis da Silva Xavier                     
Profa. Dra. Ilana da Silva Rebello Viegas                             
Profa. Dra. Nadja Pattresi de Souza e Silva
Profa. Dra. Patricia Ferreira Neves Ribeiro
Prof. Dr. Rafael Guimarães
Nogueira 
Profa. Dra. Rosane Santos Mauro Monnerat
Prof. Dr. Welton Pereira e Silva

Palestrantes

Conferência da manhã

José Carlos de Azeredo

Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

José Carlos de Azeredo é doutor em Letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde lecionou língua portuguesa de 1970 a 1996, e pós-doutor em Linguística Aplicada pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Foi docente do Instituto de Letras da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) por mais de vinte anos e pesquisador do CNPq e da FAPERJ por mais de uma década. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Gramática da Língua Portuguesa, atuando principalmente nos seguintes temas: língua portuguesa, argumentação, análise do discurso, língua literária e ensino de português. Entre suas obras, além de artigos e capítulos de livro, estão Iniciação à sintaxe do português (1990), Fundamentos de gramática do português (2000), Dicionário Houaiss de conjugação de verbos (2012), A linguística, o texto e o ensino da língua (2018) e Gramática Houaiss da língua portuguesa (2021), em sua 5ª edição, recém-publicada pela Parábola Editorial.

Palestra da tarde

Silvia Rodrigues Vieira

Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Professora associada (nível IV) do Departamento de Letras Vernáculas da Faculdade de Letras da UFRJ, Bolsista de produtividade 2 do CNPq (2015; 2018; 2021) e Pesquisadora FAPERJ, contemplada nos Programas Jovem Cientista do Nosso Estado 2011 (2012-2015) e Cientista do Nosso Estado 2014 (2015-2018) e 2020 (2021-2024). Possui Doutorado (2002) e Mestrado (1995) em Letras Vernáculas (Língua Portuguesa), além de Graduação em Português-Inglês pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1992). Atua nos Programas de Pós-graduação em Letras Vernáculas e no Mestrado Profissional em Letras, na UFRJ. Coordenadora de projetos de pesquisa nacional e de cooperação internacional (com destaque ao Grupo de trabalho da ALFAL – Projeto 21), organizadora de bancos de dados para análises linguísticas (Corpus Concordância; Moçambique, Fala-Escrita; Estilo), sua produção bibliográfica conta com organização de livros e periódicos, capítulos publicados em livros, artigos em periódicos e trabalhos em anais de congressos no âmbito nacional e internacional. Atua principalmente nas áreas da Sociolinguística, sobretudo no que se refere à descrição de variedades do Português, e do Ensino de gramática. 

O Fórum

Sob a coordenação das professoras Beatriz Feres e Patricia Neves Ribeiro, o Grupo de Pesquisa em Semiolinguística: Leitura, Fruição e Ensino (GPS-LEIFEN) tem por objetivo central estudar o processo de construção de sentidos, tanto na extremidade da recepção, quanto no da produção dos textos, a fim de flagrar os mecanismos internos (textuais) e externos (discursivos e situacionais) que contribuem para a significação. Desse modo, as investigações desenvolvidas pelo grupo privilegiam o vínculo com o ensino, com vistas não só à criação de metodologias voltadas para o letramento, como também à problematização da leitura (em sentido amplo).  

Além da pesquisa acadêmica, o Grupo realiza anualmente o Fórum do GPS-LEIFEN, com o intuito de promover debates públicos acerca dos temas de interesse e palestras relacionadas à formação docente continuada. Em 2022, o evento está em sua nona edição e tem como tema: “Do texto ao texto: 30 anos da ‘Gramática do sentido e da expressão'” e pretende mostrar um pouco dos trabalhos desenvolvidos por integrantes do grupo, orientandos, além de parceiros, como os pesquisadores do CIAD-Rio/UFRJ e do NEPAD/UFPI.

 

Comissão Organizadora do IX Fórum do GPS-LEIFEN:

Profa. Dra. Beatriz dos Santos Feres     
Profa. Dra. Eveline Coelho Cardoso
Profa. Dra. Glayci Kelli Reis da Silva Xavier
Profa. Dra. Ilana da Silva Rebello Viegas      
Profa. Dra. Nadja Pattresi de Souza e Silva
Profa. Dra. Patricia Ferreira Neves Ribeiro
Prof. Dr. Rafael Guimarães
Nogueira 
Profa. Dra. Rosane Santos Mauro Monnerat
Prof. Dr. Welton Pereira e Silva

Palestrantes

Conferência da manhã

José Carlos de Azeredo

Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

José Carlos de Azeredo é doutor em Letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde lecionou língua portuguesa de 1970 a 1996, e pós-doutor em Linguística Aplicada pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Foi docente do Instituto de Letras da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) por mais de vinte anos e pesquisador do CNPq e da FAPERJ por mais de uma década. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Gramática da Língua Portuguesa, atuando principalmente nos seguintes temas: língua portuguesa, argumentação, análise do discurso, língua literária e ensino de português. Entre suas obras, além de artigos e capítulos de livro, estão Iniciação à sintaxe do português (1990), Fundamentos de gramática do português (2000), Dicionário Houaiss de conjugação de verbos (2012), A linguística, o texto e o ensino da língua (2018) e Gramática Houaiss da língua portuguesa (2021), em sua 5ª edição, recém-publicada pela Parábola Editorial.

Palestra da tarde

Silvia Rodrigues Vieira

Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Professora associada (nível IV) do Departamento de Letras Vernáculas da Faculdade de Letras da UFRJ, Bolsista de produtividade 2 do CNPq (2015; 2018; 2021) e Pesquisadora FAPERJ, contemplada nos Programas Jovem Cientista do Nosso Estado 2011 (2012-2015) e Cientista do Nosso Estado 2014 (2015-2018) e 2020 (2021-2024). Possui Doutorado (2002) e Mestrado (1995) em Letras Vernáculas (Língua Portuguesa), além de Graduação em Português-Inglês pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1992). Atua nos Programas de Pós-graduação em Letras Vernáculas e no Mestrado Profissional em Letras, na UFRJ. Coordenadora de projetos de pesquisa nacional e de cooperação internacional (com destaque ao Grupo de trabalho da ALFAL – Projeto 21), organizadora de bancos de dados para análises linguísticas (Corpus Concordância; Moçambique, Fala-Escrita; Estilo), sua produção bibliográfica conta com organização de livros e periódicos, capítulos publicados em livros, artigos em periódicos e trabalhos em anais de congressos no âmbito nacional e internacional. Atua principalmente nas áreas da Sociolinguística, sobretudo no que se refere à descrição de variedades do Português, e do Ensino de gramática.

 

Programação

Manhã   (9:30 – 12:00)
Link para acesso: https://youtu.be/na21FTfVUK8
9:30
ABERTURA 
Do Texto ao Texto: 30 anos da “Gramática do sentido e da expressão”

Profa. Dra. Beatriz Feres (UFF/GPS-LEIFEN)
Profa. Dra. Rosane Monnerat (UFF/GPS-LEIFEN)

10:00
CONFERÊNCIA
Conhecer, dizer, significar: a natureza da língua e suas implicações pedagógicas

Prof. Dr. José Carlos de Azeredo (UERJ)

Mediação:
Profa. Dra. Rosane Monnerat (UFF/GPS-LEIFEN)
Profa. Dra. Nadja Pattresi (UFF/GPS-LEIFEN)

Tarde (14:00 – 16:30)
Link para acesso: https://youtu.be/N3uCDSdL2TA
14:00
PALESTRA
Consciência morfossintática e produção de sentidos: experiências de um ensino de gramática em três eixos

Profa. Dra. Silvia Rodrigues Vieira (UFRJ)

Mediação:
Profa. Dra. Beatriz Feres (UFF/GPS-LEIFEN)
Profa. Dra. Patricia Neves Ribeiro (UFF/GPS-LEIFEN)

SESSÕES DE COMUNICAÇÃO
(16:30 – 18:00)
Escolha um dos grupos para participar e acesse o link correspondente.
Semiolinguística aplicada ao ensino

GRUPO 1

DAS PRÁTICAS ARGUMENTATIVAS I

Link: https://meet.google.com/ehf-ouvv-stu 

Mediação:
Prof. Dr. Welton Pereira (UFF/GPS-LEIFEN)

*Clique no título para saber mais sobre o trabalho*

Argumentação: gerenciando razão e emoção em texto midiático - Maria Aparecida Lino Pauliukonis (UFRJ) e Eliane Mello Lima (CPII)

Este trabalho tem como fundamentação teórica a semiolinguística de Patrick Charaudeau, expressa em sua “Grammaire du sens et de l´expréssion”, que adota a perspectiva pragmática enunciativa e concebe a linguagem como um ato de encenação que visa à argumentação. Assim, serão analisados o quadro contratual de comunicação estabelecido e as marcas linguísticas da enunciação encarregadas de suscitar emoção e provocar efeitos persuasivos que influenciam o destinatário. Serão estudados índices encontrados em um texto midiático, publicado por ocasião do pico da pandemia do Coronavirus, no Brasil, responsáveis pela persuasão e sedução do leitor, bem como será analisada a força desses elementos no convencimento do destinatário, envolvendo-o emocionalmente. Isso será feito por meio do exame de diversas estratégias de manipulação discursiva, que determinam a força do ato de linguagem argumentativo, – comparado com outros atos de organização do discurso, como o narrativo e o descritivo-,e que são utilizadas com o fim de se conseguir a adesão às teses explícitas ou implícitas..

Palavras-chave: argumentação; enunciação; subjetividade; patemização.

Análise semiolinguística de um corpus anotado manualmente contendo comentários odiosos - Welton Pereira e Silva (UFF)

Este trabalho apresenta os resultados da análise semiolinguística de comentários feitos na rede social Facebook que compõem um corpus anotado manualmente. Os comentários apresentavam enunciados que deviam ser classificados como discurso de ódio (quando havia comentários preconceituosos contra um grupo determinado), discurso violento (quando havia violência verbal, mas não destinada necessariamente a algum grupo-alvo) ou discurso não violento (quando não havia violência verbal). A tarefa foi empreendida por cinco anotadores voluntários. Notamos um baixo índice de concordância entre os anotadores acerca dos comentários que evidenciavam discursos de ódio ou violência verbal. Alguns comentários selecionados foram analisados de maneira qualitativa, a partir da Semiolinguística do discurso, nomeadamente no que concerne às estratégias de construção do ethos e da visada de patemização (CHARAUDEAU, 2005; 2008; 2010). Na análise, procuramos tecer considerações acerca das construções argumentativas que, levando em consideração os imaginários sociodiscursivos compartilhados pelos anotadores, são consideradas como expressão de ódio por alguns deles, enquanto outros os classificam como violentos, mas não odiosos, ou apenas expressão de opinião dos enunciadores. Os resultados apontam para uma urgente necessidade de as características linguístico-discursivas do discurso de ódio serem trabalhadas desde a educação básica, de modo que nossos estudantes possam aprender a perceber em que ponto se inicia a violência verbal e termina a livre expressão de pensamento.

Palavras-chave: discurso de ódio; ethos; pathos.

Construção do ethos em outdoors de cunho político: argumentação e multimodalidade sob um viés semiolinguístico em diálogo com o ensino - Luciana Abrahão Passos Faht (UFF/UFRJ)

Este estudo parte da análise de anúncios em outdoors nos quais se verificam propagandas políticas contra a reeleição do atual presidente Bolsonaro e também contra a do ex-presidente Lula. Para tanto, recorre-se à Semiolinguística do Discurso, de Patrick Chauraudeau (2007; 2009; 2018; 2019), que serve de base teórica e metodológica a esta pesquisa, ao lado de outros pesquisadores, como Silva (2020), Silva e Marchon (2021), Fiorin (2016), Ducrot (1987), Gouvea (2022) e Costa (2013). De forma mais específica, escolheram-se os seguintes pressupostos da teoria: o esquema básico argumentativo, a análise argumentativa multimodal e a criação do ethos do enunciador. Partindo da análise de quatro textos, sendo dois anúncios contrários a Bolsonaro e dois anúncios contrários a Lula, propõe-se compreender como a multimodalidade e a organização argumentativa contribuem para a consolidação de determinados ethé discursivos (de enunciadores contra Lula e Bolsonaro). Sumariamente, foi percebido que, tanto nos discursos contrários a Bolsonaro, quanto nos contrários a Lula, são construídos ethé de potência. Nos discursos contrários a Bolsonaro, também foi evidenciada a construção do ethos de competência. As reflexões que eles suscitam poderão contribuir, ao menos parcialmente, para a compreensão do perfil esperado para determinado eleitorado a partir dos dizeres que o representam. Além disso, tenciona-se, com base nesses resultados, apresentar uma ponte com o ensino de Língua Portuguesa, revelando o quanto as ferramentas da Semiolinguística (sobretudo a mecânica do modo argumentativo) ajudam a compreender os propósitos de persuasão do enunciador mesmo em gêneros cuja materialidade textual é constituída de elementos nominais e frases, formalmente, desconexos.

Palavras-chave: Discurso político; Semiolinguística; argumentação multimodal; ethos; ensino.

Representações argumentativas em sermões orais de pastores evangélicos de Alagoas - Max Silva da Rocha (UFPI) e João Benvindo de Moura (UFPI)

A argumentação é um recurso linguageiro capaz de fornecer ao orador meios racionais e emotivos, a fim de que possa negociar as diferenças com o seu auditório acerca de uma questão conflituosa. No discurso religioso cristão, por exemplo, a argumentação é um fator imprescindível, seja para manter e ampliar a adesão outrora conquistada, seja para recrutar novos membros para o rebanho da cristandade. Partindo dessas ponderações, nosso trabalho tem como principal objetivo compreender de que maneira oradores evangélicos de Alagoas se utilizam de estratégias argumentativas com o objetivo de persuadir o auditório. Nosso campo de estudo parte da argumentação retórica com as contribuições atuais do quadro teórico-metodológico da análise do discurso francesa contemporânea. Assim, categorias como ethos, logos e pathos são trabalhadas numa concepção discursiva. O nosso corpus é composto por sermões orais de oradores protestantes de Alagoas. Esse material foi adquirido na plataforma virtual do YouTube e, sem seguida, transcrito com normas específicas dos estudos conversacionais. Acerca dos postulados teóricos, servimo-nos de alguns autores, a exemplo de Amossy (2020), Aristóteles (2011), Charaudeau (2019), Fiorin (2017), Maingueneau (2010), Meyer (2007), Moura (2020), Perelman e Olbrechts-Tyteca (2014), Reboul (2004), Rocha (2022), entre outros. Após as análises realizadas, podemos compreender que o fazer argumentativo dos oradores evangélicos está fundamentado na credibilidade da imagem de si, no encandeamento racional de argumentos e nas visadas passionais. Esses recursos discursivos insuflaram a argumentação dos referidos oradores, produzindo diferentes efeitos de sentido nos sermões orais estudados.

Palavras-chave: Argumentação; Discurso; Persuasão; Sermão oral.

GRUPO 2

DAS PRÁTICAS ARGUMENTATIVAS II

Link: https://meet.google.com/skc-bwag-bym

Mediação:
Profa. Dra. Glayci Xavier (UFF/GPS-LEIFEN)

*Clique no título para saber mais sobre o trabalho*

Pandemia em capas de revista: multimodalidade e argumentatividade sob a ótica semiolinguística - Isabella da Rocha Pontes (UFF) e Glayci Kelli Reis da Silva Xavier (UFF)

O mundo em 2019 conheceu um inimigo invisível, mas forte o suficiente para causar danos intensos: o novo coronavírus. Por isso, esse agente biológico e a doença causada por ele, a Covid-19, tornaram-se tema constante em pesquisas, notícias, reportagens, postagens em redes sociais, conversas no dia a dia e, consequentemente, nas atividades do espaço escolar. Considerando que a argumentatividade é inerente ao discurso e que, nas variadas situações de comunicação, em maior ou menor grau, fazemos uso de estratégias argumentativas, o presente trabalho tem como objetivo principal investigar os recursos linguístico-discursivos e as estratégias de argumentação presentes em capas de revista publicadas durante esse período complexo, cujo tema principal foi a própria pandemia. São analisadas no trabalho três capas de revistas distintas, mostrando diferentes perspectivas do acontecimento. A base teórica principal é a Teoria Semiolinguística de Análise do Discurso, de Patrick Charaudeau, em interface com a Argumentação no discurso, de Ruth Amossy. Por meio desta pesquisa, percebeu-se que, apesar de as capas não apresentarem uma estrutura argumentativa canônica, o projeto de influência encontra-se de forma implícita, conduzindo a leitura em determinada direção.

Palavras-chave: Argumentação; Semiolinguística; Multimodalidade; Pandemia; Covid-19.

A-COR-DA, Pedrinho: um ensino antirracista é possível. Um estudo acerca dos memes e da argumentação - Vívian Lúcia Xavier Pereira (UFF) e Janayna Rocha da Silva (UFF)

As Leis 10.639/2003 e 11.645/2008 marcaram as implementações dos estudos da história e cultura afro-brasileira e indígena, como obrigatórios, no ensino fundamental e médio, nos sistemas públicos e privados. Desde o mesmo período, as metodologias aplicadas em sala de aula vêm sofrendo transformações, em decorrência da ascensão das tecnologias digitais. As práticas de ensino contam, cada vez mais, com a inserção de textos multissemióticos, a fim de caminharem paralelamente com o letramento digital. “Ser letrado hoje não é garantia que seremos letrados amanhã” (Coscarelli, 2016), assim, com objetivo de desenvolver o ensino antirracista de forma dinâmica e atraente, o corpus delimitado sustenta-se em memes que revelam a importância e a necessidade do ensino antirracista dentro e fora das telas. À vista disso, pela perspectiva da Linguística Textual coadunada com a Teoria Semiolinguística de Análise do Discurso, a abordagem será motivada pelos entendimentos de Koch (2015), relacionados ao conceito de hipertexto; articulação linguística em ambiente virtual, a partir da concepção de Santaella (2009), associados aos moldes da argumentação postulados por Charaudeau (2016), Koch e Elias (2018) e Fiorin (2018), buscando apontar que a não determinação de espaço, a multilinearização e a multissequenciação, embora sejam virtuais, são superfícies não táteis que fazem parte da realidade do ensino.

Palavras-chave: Memes; ensino antirracista; argumentação; hipertexto.

Representações da identidade negra em livros infantis: análise linguístico-semiótico-discursiva da relação palavra-imagem - André Marques da Silva (UFF) e Júlia Vieira Correia (UFRJ)

Este trabalho propõe uma análise semiolinguageira da representação e/ou representatividade da identidade negra em livros ilustrados/com ilustração, destinados, prioritariamente, ao público infantil. Para tanto, alguns conceitos teóricos fundamentam esta análise, quais sejam, o duplo processo de semiotização do mundo, contrato de comunicação, imaginários sociodiscursivos raciais, modos de organização do discurso e a dimensão argumentativa do narrar. Partimos da tese de que a cultura letrada em países colonizados constitui-se de letramentos hegemônicos que, diacronicamente, constroem e legitimam imaginários e estereótipos de grupos étnico-raciais que são historicamente excluídos dos espaços simbólicos de poder. Por essa razão, analisar como a identidade negra é representada na literatura é uma maneira de promover um debate sobre letramento racial e de desenvolver práticas de leitura para uma educação antirracista. Como Feres (2019), partimos do pressuposto de que a instância de produção (EUc), a partir do seu projeto do dizer, pode engendrar no modo narrativo uma argumentação implícita com estratégias de persuasão que, em nosso objeto de análise, são responsáveis por desconstruir ou por naturalizar o discurso racista na literatura. Para analisar a materialidade verbo-visual e sua dimensão argumentativa no modo narrativo, além da Semiolinguística, fundamentada em Charaudeau (2008, 2016), recorremos ao aporte teórico da Linguística de Texto com Koch (2001) e Koch e Elias (2020) e a outras correntes representadas por Amossy (2011, 2018), Cavalleiro (2001), Fanon (2008) e Street (2014). Para a realização de uma análise qualitativa, seleciona-se um corpus constituído pela obra  “O Pequeno Príncipe Preto” (FRANÇA, 2020) e de três edições diferentes do conto “Como se fosse dinheiro” (ROCHA, 1994, 2002, 2010). A partir dessa investigação qualitativa, analisamos como as relações palavra-imagem desconstroem e/ou reconstroem estereótipos e imaginários raciais da identidade negra em livros considerados prioritariamente infantis..

Palavras-chave: Semiolinguística; Linguística de Texto; Representações da identidade negra; Imaginários sociodiscursivos; Literatura Infantil.

A Semiolinguística desvenda o mistério do pavão: um olhar sobre a metáfora da diversidade em João Gibão no remake de "Saramandaia" - Murilo Alberto Martins Silva (UFF)

Este trabalho aborda como a diversidade é representada, a partir do personagem João Gibão, dentro da trama do remake de Saramandaia. Exibida na faixa das 23 horas, Saramandaia foi a refilmagem da clássica trama criada por Dias Gomes, originalmente exibida em 1976, período marcado pelo regime ditatorial militar. O autor utilizou metáforas em uma narrativa de realismo fantástico para debater questões políticas e sociais em seu enredo. No caso remake, o contexto em que a obra foi exibida já não se tratava mais de uma ditadura, mas de um regime democrático que buscava intensificar pautas progressistas e ascender discussões acerca de diversidade na sociedade, isso possibilitou que novas leituras fossem feitas para as metáforas concebidas por Dias Gomes, mas agora sob responsabilidade de Ricardo Linhares, que deu roupagem nova para os personagens e os inseriu em uma realidade mais adequada ao período em que o folhetim fora exibido, como a inserção da tecnologia informacional, por exemplo. A história da telenovela se desenvolve a partir do conflito entre um grupo de personagens conservadores e um com pensamentos progressistas, liderado pelo João Gibão. Porém, o que chama atenção na trama é a peculiaridade de alguns personagens, como é o caso de João Gibão, que esconde um par de asas por baixo de seu gibão de couro. A forma como os habitantes da cidade lidam com a estranheza de João Gibão marca uma leitura acerca da metáfora da diversidade. Tomando a Teoria Semiolinguística de Análise do Discurso, de Charaudeau, como base para a investigação deste trabalho, buscamos compreender o contrato de comunicação que rege a telenovela enquanto texto, os imaginários envolvidos na construção da personagem em questão, o uso da patemização como estratégia de captação no ato de linguagem abordado e o contexto a nível situacional que influencia diretamente na recepção do público.

Palavras-chave: Telenovela; Narrativa; Imaginários; Discurso de ódio.

GRUPO 3

DA EXPRESSÃO AO SENTIDO I

Link: https://meet.google.com/fyc-fwbi-ofo

Mediação:
Profa. Dra. Beatriz Feres (UFF/GPS-LEIFEN)

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Um estudo semiolinguístico em “Canto dos Malditos”: do ethos ao imaginário sociodiscursivo - Francisco Herbert da Silva (UFPI) e João Benvindo de Moura (UFPI)

Este trabalho tem como objetivo analisar o ethos e os imaginários sociodiscursivos presentes na autobiografia do escritor brasileiro Austregésilo Carrano Bueno, intitulada “Canto dos Malditos”, publicada em 1990 e que inspirou o filme Bicho de sete cabeças (2000). Nossa principal base teórica é a Análise do Discurso Semiolinguística. Trata-se de uma pesquisa descritiva e interpretativa, cujo corpus foi composto por sequências discursivas extraídas da referida obra, na qual o autor relata o período em que esteve internado em manicômios. Os resultados mostram circunstâncias de discurso cujo cenário denuncia o tratamento desumano aplicado a usuários de maconha, mães solteiras, homossexuais, dentre outros, internados junto com pacientes crônicos sendo obrigados a ingerir medicamentos, submetidos a torturas e rejeitados pela sociedade. No tocante aos imaginários sociodiscursivos, observamos a recorrência de saberes de crença, ancorados em saberes de opinião comum, relativa e coletiva. As avaliações, apreciações e julgamentos são constantes na obra. A narrativa descontrói, pelo menos, dois imaginários bastante comuns em nossa sociedade: (1) usuários esporádicos de maconha são considerados dependentes químicos; (2) clínicas de reabilitação são lugares íntegros, seguros e eficazes. Em relação ao ethos, identificamos na narrativa as representações imagéticas que nos direcionam para os seguintes ethé: o ethos de viciado, ethos de rebelde, ethos de mau, ethos de excluído, por exemplo. Concluímos que a obra revela várias imagens (ethé) do autor, além de expor imaginários sociodiscursivos que são compartilhados frequentemente pela sociedade contemporânea.

Palavras-chave: Discurso; semiolinguística; ethos; imaginários sociodiscursivos.

Imagens do feminino na publicidade: #SouMaisQueUmRotulo - Roberta Viegas (UFF) e Gleici Heringer (UFF)

Corpo e comportamento femininos sempre foram alvos de dominação social, uma vez que a virgindade, a maternidade e os ideais de beleza feminina (cor da pele, peso, busto e quadril) visavam, quase sempre, atender aos anseios masculinos e às exigências que a sociedade patriarcal impõe. Na publicidade, a mulher sempre foi objetificada e padronizada, cumprindo a função de superfície visual e corporal, inscritas em modelos: a bela, a sensual, a mãe, a recatada… Porém, o feminismo tem provocado, certa libertação parcial da cultura androcêntrica na forma de representar as mulheres, possibilitando que se produza uma escrita de si. Hoje, a maneira de ver a mulher pode ser percebida em diversos gêneros textuais, principalmente naqueles ligados à publicidade, espaço fecundo para (re)produção de imaginários e estereótipos. Este estudo, pautado na Teoria Semiolinguística de Análise do Discurso, analisa a campanha publicitária da marca de cosméticos Natura, intitulada “Viva sua beleza viva”, sob o mote #SouMaisQueUmRotulo, de 2019, com o intuito de evidenciar a discursivização da mulher na publicidade atual e demonstrar como essa discursivização projeta um destinatário construído para atender a um universo existente no plano publicitário. Partindo de um texto verbo-visual, pretende-se verificar como a interação palavra e imagem cria um universo de discurso que abriga corpos e comportamentos femininos condizentes com ideologias propícias a valores que o enunciador associa à sua marca/produto. Parte-se do pressuposto de que, por meio da imagem/representação projetada na publicidade, constrói-se um imaginário discursivo que colabora para a extensão/expansão do discurso feminista, de desconstrução dos estereótipos sociais sobre o corpo e de valorização da diversidade. A análise será fundamentada em estudos interdisciplinares: Análise Semiolinguística (CHARAUDEAU, 2010; 2017); Comunicação Social (RIBEIRO, 1995); Teoria das Representações Sociais (MOSCOVICI, 2007; JODELET, 2001); e Estudos Culturais sobre Gênero e Identidade (HOOKS, 2019; BOURDIEU, 2019; BUTLER, 2007; SAFFIOTI 1994).

Palavras-chave: Análise do Discurso; representação feminina; publicidade; diversidade.

Os imaginários sociodiscursivos anticomunistas nas redes sociais - Dalila Maria Silva de Macêdo (NEPAD/UFPI)

Este trabalho propõe-se a analisar os imaginários sociodiscursivos presentes em memes que abordam o anticomunismo nas redes sociais. Para tanto, utiliza como referencial teórico-metodológico a Análise do Discurso Semiolinguística de Patrick Charaudeau, com ênfase na noção de imaginários sociodiscursivos, enquanto representações sociais. O corpus foi composto por três postagens retiradas de perfis de direita de uma das principais redes sociais da atualidade, o Facebook, publicadas nos anos de 2021 e 2022. Os resultados mostraram que os memes se apresentam como o gênero discursivo mais comentado e compartilhado na sociedade contemporânea, revelando imaginários sociodiscursivos de que os comunistas são hipócritas por usufruírem dos bens de consumo capitalistas e de que o principal problema a ser combatido na atualidade é a “ameaça comunista” responsável pelas mazelas sociais e usurpador da liberdade de expressão. Ainda, observamos que os imaginários possuem uma predominância de saberes de crença, pois estão inseridos dentro da subjetividade do sujeito, dos seus juízos de valor e de suas experiências culturais, políticas ou religiosas. Concluímos que os memes analisados são representações e produções de sentidos na sociedade brasileira contemporânea acerca do comunismo, valendo-se de elementos discursivos que desencadeiam a disseminação daquilo que se pretende mostrar como verdade, na busca pela adesão da sociedade..

Palavras-chave: Semiolinguística; imaginários sociodiscursivos; comunismo; memes.

Falácias, mentiras e invenções: as representações do gênero no Portal Metapédia - Gleici Heringer (UFF)

O feminismo é um movimento de resistência responsável pela busca da igualdade entre os gêneros, estando voltado para a luta contra as injustiças realizadas pelo histórico padrão patriarcal. Nas últimas décadas, o movimento se fortaleceu, gerando, ainda que tímidos, resultados positivos para as mulheres e para o público LGBTQIA+. No entanto, concomitantemente, o pensamento patriarcal  resiste a essas iniciativas, o que se expressa no aumento da violência física e verbal contra tais grupos, evidenciando a negação à democracia de gênero. Nesse contexto, os movimentos de ultradireita constituem importantes setores que rejeitam a dissolução do modelo endrocêntrico. Para isso, eles recorrem ao espaço da internet a fim de se comunicarem e fazerem contatos em escala global entre os grupos de extrema-direita, se organizando em comunidades virtuais. Dessa maneira, a facilidade de uso, a velocidade de acesso e a capacidade global de alcance fizeram com que a rede mundial de computadores se tornasse um dos principais veículos de materialização de posicionamentos machistas e homofóbicos. Logo, alicerçado pela Teoria Semiolinguística de Análise do discurso, de Patrick Charaudeau, este estudo pretende pesquisar as estratégias discursivas verbais e não verbais mobilizadas pelo  portal  Metapédia com a intenção deturpar o feminismo e outros grupos que estão à margem do heteropatriarcado (ou cis-heteropatriarcado) e que lutam pela igualdade de direitos. Desse suporte teórico principal, destacamos o processo de semiotização do mundo, os Modos de Organização do Discurso e os imaginários sociodiscursivos de Charaudeau (2008). Como instrumentais teóricos de apoio, recorreremos ao conceito de referenciação da professora Engedore Villaça Koch (2005), aos estudos sobre a subjetividade na enunciação de KERBRAT-ORECCHIONI 1993 e à professora SANTAELLA (1997), com suas análises sobre as plataformas virtuais.

Palavras-chave: Análise do Discurso; feminismo; ultradireita; internet.

GRUPO 4

DA EXPRESSÃO AO SENTIDO II

Link: https://meet.google.com/jao-hhon-sjq 

Mediação:
Dra. Ilana Da Silva Rebello (UFF/GPS-LEIFEN)

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Dos modos de organização aos imaginários sociodiscursivos: análise semiolinguística de uma Nota da CNBB ao povo brasileiro - Mônica Santos de Souza Melo (UFV)

Desde a publicação dos pressupostos contidos na “Grammaire du sens et de l’ expression” (CHARAUDEAU, 2009), os pesquisadores da linha dos Estudos Discursivos tiveram acesso a um inventário de conceitos, categorias e procedimentos capazes de proporcionar a descrição sistemática de textos na perspectiva semiolinguística. Os dados provenientes dessas descrições permitem aos pesquisadores a identificação das representações ou, nos termos de Charaudeau (2017), dos imaginários sociodiscursivos veiculados pelo discurso, essenciais à interpretação dos dados. Amparados nessa perspectiva, empreendemos uma análise de um documento produzido pela Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) que aborda a situação brasileira no contexto da pandemia. Esse trabalho se vincula a um projeto mais amplo que tem como objetivo analisar a relação entre os discursos religioso e político na atualidade. Acreditamos, pautados em Bourdieu (1998), que o discurso religioso exerce uma importância fundamental na sociedade, por exercer um poder simbólico sobre os seguidores. No Brasil, a CNBB tem um papel fundamental, colocando em pauta, por meio de suas publicações, que extrapolam a doutrinação espiritual, abordando temáticas sociais. Essas orientações são especialmente relevantes no contexto de crise democrática e social que vivemos. Aqui, tomamos como objeto de análise a Nota  001/21, intitulada “Unidos e responsáveis rumo ao novo que desejamos”, publicada em 06 de janeiro de 2021, por meio da qual a Confederação faz uma avaliação sobre o difícil momento que o país atravessa, sobretudo em função da pandemia da COVID-19, e cobra providências. Por meio da descrição da organização discursiva do texto, incluindo os modos enunciativo, descritivo, narrativo e descritivo, interpretamos os imaginários sociodiscursivos associados ao povo brasileiro, a seus dirigentes e à própria Igreja Católica. Em síntese, a Igreja se coloca como solidária à sociedade na cobrança por providências, especialmente por parte do Estado.

Palavras-chave: Discurso religioso; CNBB; discurso político;  Covid-19.

Semiolinguística e transexualidade: uma voz que não se cala, entre imagens e contos - Elenita Arguelles de Vargas (UFF)

Este trabalho tem como objetivo central identificar e analisar como se constroem e se apresentam as representações evocadas pelos livros ilustrados Vozes Trans e Transderella, para desenvolver uma interpelação embasada na temática da transexualidade. Tal investigação se funda no intuito de examinar/delimitar a sua aplicabilidade ao ensino, no que tange à prática de leitura/interpretação no ambiente escolar. Para tanto, buscamos identificar peculiaridades linguísticas de subjetividade inseridas nos contos focalizados, a partir de um âmbito linguístico-discursivo, a fim de evidenciar as escolhas discursivas para a construção dos textos  verbo-visuais analisados. Sob o ponto de vista metodológico, utilizamos, neste trabalho para fins analíticos, excertos de dois dos quatro contos que constituem a obra Vozes Trans, bem como fragmentos do conto Transderella, sendo tais seleções centradas em um recorte temático específico: o corpo e as emoções a partir das relações de gênero e de sexualidade. Mais especificamente, para o estudo, investigamos não só a construção da identidade estabelecida nas narrativas em pauta, associada aos conceitos de estereótipos e imaginários sociais, como também as estratégias de aproximação entre os livros ilustrados e o seu público leitor. Desse modo, a materialidade do texto é observada com base no que Charaudeau (2016) chama de duplo processo de semiotização do mundo, a partir de um contrato de comunicação estabelecido entre os sujeitos do ato linguageiro. Neste estudo, temos como hipótese que os sujeitos (EUe; TUd) envolvidos no discurso produzido pelas obras investigadas parecem instaurar uma coconstrução de sentido. Como fundamentação teórico-metodológica primordial, optamos pela Semiolinguística (CHARAUDEAU, 2004, 2005, 2016 e 2017), já que permite uma proposta de análise do discurso que visa a uma observação acerca dos mecanismos de articulação entre produções textuais/discursivas e atores sociais, neste caso, a sociedade e o contexto nos quais estão inseridos os livros ilustrados em tela e o seu público leitor.

Palavras-chave: Representações;  Identidade; Transexualidade; Contos ilustrados; Estratégias de leitura.

Produto ou marca à venda? Estratégias de captação e de credibilidade na propaganda #maternidadesemjulgamento da O Boticário - Giselle de Souza Reis Coutinho (UFF)

O texto publicitário tem, normalmente, como uma de suas características principais, a utilização de estratégias para construir um imaginário no qual o público-alvo será o principal beneficiário a partir, logicamente, da aquisição de um produto oferecido pela empresa em questão (CHARAUDEAU, 2018a). Essa compreensão do gênero contribui para que o seu ensino e estudo, muitas vezes, focalizem nas estratégias que as marcas usam para convencer o destinatário de que necessita obter o produto oferecido. No entanto, entendemos que as campanhas publicitárias mais recentes, como a da empresa O Boticário para os dias das mães, não focalizam na venda de um objeto em específico, mas na exaltação da marca em si, projetando um ethos (CHARAUDEAU, 2018b). Assim, é a partir dessa hipótese que esta pesquisa busca investigar, com base, principalmente, nos pressupostos da Semiolinguística do Discurso de Patrick Charaudeau, o processo de Semiotização de Mundo (2007) do vídeo publicitário intitulado #Maternidadesemjulgamento da O Boticário, além verificar o acionamento de Imaginários Sociodiscursivos (2018) ressignificados sobre a maternidade, com o objetivo de produzir efeitos de sentidos que podem contribuir para a captação do público-alvo. Buscamos, então, estudar, a partir do propósito prototípico de uma publicidade, qual é a estrutura desse novo formato de propaganda e quais são os efeitos de sentido visados. Para isso, partiremos, também, dos pressupostos sobre ícone, índice e símbolo de Charles Sanders Peirce (2010), a fim de verificar a importância das imagens expostas no vídeo para a produção dos significados veiculados no texto, tendo em vista o seu caráter verbal e não verbal.  Esperamos, com isso, não só entender os mecanismos discursivos utilizados na publicidade atual, como também contribuir para o estudo desse gênero na academia e no ensino básico.

Palavras-chave: Semiolinguística; Ensino; Semiotização de mundo; Imaginários; Publicidade.

A patemização pelo viés da Semiolinguística em capas da Veja sobre a pandemia de Covid-19 - Ilana da Silva Rebello (UFF)

Este trabalho, baseando-se, sobretudo, em Charaudeau (2007, 2008, 2010), Emediato (2007) e Gouvêa (2017), investiga a patemização em capas da Veja, disponíveis no site da revista, dos anos de 2020 e 2021, sobre a pandemia do coronavírus. Pelo viés da Semiolinguística, a emoção é estudada a partir dos efeitos visados, do processo discursivo pelo qual a emoção pode ser suscitada. Parte-se da hipótese de que a Veja apela diretamente para as emoções do sujeito destinatário, provocando a espetacularização da notícia e, consequentemente, produzindo polêmica. Nesse sentido, o estudo aponta que as capas da Veja funcionam como uma espécie de “espelho social”, ao concretizarem o projeto previamente planejado de construção de sentidos, quer lógicos, ideológicos, emocionais, estéticos quer de outra natureza do Eu-comunicante.

Palavras-chave: Semiolinguística; patemização; capas da Veja; pandemia de Covid-19.

GRUPO 5

DA SEMIOLINGUÍSTICA NA ESCOLA I

Link:  https://meet.google.com/scx-ywnb-azb 

Mediação:
Profa. Dra. Eveline Cardoso (UERJ/ GPS-LEIFEN)

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Leitura e Semiolinguística: aplicação de ensino em sala de aula a partir do gênero romance de aventura - Gisele Arruda Eckhardt (UFF) e Douglas Araújo (UFF)

Este trabalho apresenta uma proposta de ensino de leitura, com vistas ao desenvolvimento socioemocional a partir do gênero romance de aventura para turmas do 7º ano do ensino Fundamental da educação básica. Tendo como escopo a Teoria Semiolinguística de Análise do Discurso de Patrick Charaudeau (1993; 2015; 2016), sobretudo, os pressupostos que abarcam o processo de semiotização do mundo, sujeitos da linguagem e a concepção de gêneros situacionais, o objetivo geral desta pesquisa consiste em estimular a reflexão e a expressão de afetos do discente a partir da prática de leitura a fim de despertar  seu interesse pelo tema em questão; ampliar suas competências discursivas relativas à leitura e escrita; desenvolver suas habilidades orais e de escuta, bem como; fazê-lo refletir sobre o seu o papel enquanto cidadão, dentro de sua comunidade. Dessa forma, por meio da abordagem qualitativa, dos pressupostos da sequência didática nos moldes de Dolz et al (2004), este trabalho contribui para o ensino, uma vez que espera-se desenvolver o fazer crítico do alunado, ampliando sua competência de leitura e compreensão de texto, assim como, valorizando o exercício da oralidade, de modo que contemple o que nos orienta a BNCC e os PCNs. Ademais, espera-se desenvolver a empatia do educando por meio do exercício da escuta ativa e diálogo sobre temáticas que fazem parte do seu repertório cultural, de modo que os valores aprendidos por meio da leitura, seja disseminado para além dos muros da escola (SIBILIA, 2012): sua casa, sua rua, seu bairro e sua comunidade.

Palavras-chave: Semiolinguística; Leitura; Ensino.

A BNCC e o ensino de língua portuguesa: contribuições da Semiolinguística para as práticas de leitura de textos do campo jornalístico-midiático - Antônio Aílton Ferreira de Cerqueira (UFPI)

Este trabalho consiste num recorte de pesquisa de doutorado realizada junto ao Programa de Pós-graduação em Letras da UFPI. Aqui, a proposta é fazer uma reflexão, a partir da Teoria Semiolinguística do Discurso, sobre as habilidades de Língua Portuguesa relacionadas à leitura de textos jornalísticos e publicitários estabelecidas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Essa escolha surgiu a partir da homologação, em 2018, da BNCC, documento oficial que define o conjunto de aprendizagens essenciais em todas as etapas da Educação Básica e que destacou, tanto para o Ensino Fundamental quanto para o Ensino Médio,as práticas de leitura do campo jornalístico-midiático. Como objetivo geral, este artigo pretende avaliar como a Base Nacional relaciona as práticas de leitura às características e ao impacto de gêneros jornalístico-midiáticos. Em Charaudeau (2016, 2018) estão as principais bases teóricas deste artigo, mas também é importante destacar as contribuições de Bordieu (1997) e, em especial, Soares (2014) e Felitzen (2014), autores que estabelecem uma relação entre educação e comunicação. De forma sintética, os resultados dessa investigação reforçam a convicção de que a abordagem teórico-metodológica da Semiolinguística tem potencial para contribuir para a atuação dos professores, os quais, além da análise linguístico-semiótica, para garantir o domínio dessas habilidades nos estudantes, deverão propiciar discussões sobre aspectos mercadológicos do campo jornalístico-midiático, sobre democratização da comunicação, sobre pós-verdade e sobre a importância da prática de curadoria, por exemplo.

Palavras-chave: Ensino; leitura; semiolinguística; discurso.

Gêneros discursivos e ensino: um passeio chargístico guiado pela Semiolinguística - Eveline Coelho Cardoso (UERJ)

Como professores de língua materna, conhecemos bem a importância do conceito de gêneros discursivos e sabemos das diversas perspectivas teóricas envolvidas em sua investigação. O documento curricular oficial brasileiro (BNCC, BRASIL, 2018) põe em destaque esse fato, preconizando que a participação dos estudantes em situações de escuta e manipulação de diferentes gêneros discursivos se inicie já na Educação Infantil, na faixa etária de zero a um ano e seis meses, por meio do contato com poemas, fábulas, contos, receitas, quadrinhos, anúncios etc. Na conhecida fórmula bakhtiniana (1992), que perpassa as principais tendências de estudo dos gêneros, a relativa estabilidade desses tipos de enunciados lhes garante traços peculiares em cada esfera de utilização da língua. Com efeito, a importância pedagógica dos gêneros reside exatamente neste ponto: eles põem em jogo o domínio de uma gama de formas, funções e experiências de sentido indispensáveis à leitura, à compreensão e à produção de textos nas mais diversas situações de uso da linguagem verbal e não verbal. Na perspectiva semiolinguística, Charaudeau (2004) nos propõe uma análise dos gêneros discursivos ancorada na observação dos níveis de organização do fato linguageiro que subjazem à materialidade do texto. Dois pressupostos básicos se destacam: o de um querer dizer intencional dos sujeitos e o de sua submissão a restrições da situação comunicativa, que, por sua vez, configura e impõe uma relação contratual entre os sujeitos. Com base nisso, propomos, neste trabalho, uma análise de três charges contemporâneas dos cartunistas brasileiros Rodrigo Brum, Amarildo e Zé da Silva, com vistas ao exame das cláusulas do contrato comunicativo jornalístico/midiático (CHARAUDEAU, 2010). Pretendemos relevar como esse gênero típico do universo dos quadrinhos direciona as visadas de informação e captação a partir do diálogo intertextual com os fatos do noticiário e também com outros gêneros discursivos em sua verbo-visualidade.

Palavras-chave: Semiolinguística; gêneros discursivos; charge; ensino.

Leitura, Análise linguístico-discursiva/semiótico-discursiva Isto é gaslighting? Uma análise descritiva do imaginário sociodiscursivo da loucura sobre o feminino em capas da revista “Isto É” - Alessandro Alves dos Santos – UFF

A presente comunicação, ao propor uma aplicação da Teoria Semiolinguística de Análise do Discurso com o ensino, de modo a promover possibilidades de proficiência leitora, pretende analisar, por intermédio de um corpus de quatro capas da revista Isto É, sob um eixo temporal diacrônico, a manifestação do discurso gaslighting contra a mulher, calcada no existente imaginário sociodiscursivo da loucura historicamente atribuída a ela (FOUCAULT, 1978). Como o gênero textual capa de revista (CORADO, 2010) é construído por intermédio da linguagem verbo-visual, priorizaremos, de acordo com a nossa temática, o modo descritivo de organização do discurso, semiotizado pelos signos linguísticos e imagéticos adjetivos, cuja análise será pautada, sobretudo, nos estudos de Charaudeau (2005; 2008; 2016; 2017; 2018) e de Barthes (1990), respectivamente. Por meio desse arcabouço teórico, pretende-se investigar, de acordo com as características do gênero em questão, que faz parte do domínio discursivo das mídias (CHARAUDEAU, 2019), como os signos verbais e visuais engendram, conjuntamente, o discurso gaslighting (SARKIS, 2019). Este discurso é posto em prática por certas pessoas – em sua  maioria, homens – que visam, por sua característica de manipulação e de distorção recorrentes dos fatos, a fazer a mulher interpretante crer, de forma tácita, no sentido de mantê-la sob controle, que não seria naturalmente capaz ou responsável por seus próprios atos pelo simples fato de ser mulher. Tal análise se centrará em comprovar a hipótese de que esse tipo de discurso ultrapassa – de forma consciente ou inconsciente –, as relações amorosas, reverberando, inclusive, nos discursos sociais, entendendo que tal discurso manipulador e nocivo, por parte de Isto É, é utilizado contra a mulher sob diversas intencionalidades como possível mecanismo discursivo de disseminação e de manutenção, em larga escala, da ideologia patriarcal defendida pelas mídias hegemônicas.

Palavras-chave: Semiolinguística; Descrição; Mulher; Gaslighting; Capa de revista.

GRUPO 6

DA SEMIOLINGUÍSTICA NA ESCOLA II

Link: https://meet.google.com/bmw-qned-sth

Mediação:
Prof. Dr. Rafael Guimarães (IFRJ/GPS-LEIFEN)

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(Des)encontro de vozes: o uso da citação em redações do Enem - Rafael Guimarães Nogueira (IFRJ) e Margareth Andrade Morais (IFRJ)

Reafirmando a importância da pesquisa e do ensino da argumentação e, em específico, do gênero redação escolar, a proposta desta comunicação é  analisar o emprego de citações diretas e indiretas em redações nota 1000 das edições de 2020 e 2021 do Exame Nacional do Ensino Médio. O corpus desta pesquisa é, pois, constituído das 18 redações divulgadas nos sites G1 e Guia do Estudante, nos quais tais textos são apresentados como um modelo de expressão. Como fundamento teórico-metodológico, serão entrelaçadas as contribuições da Teoria Semiolinguística de Análise do Discurso, principalmente os pressupostos de Charaudeau (2008), aos postulados da Linguística de Texto, tendo como principal fonte Koch e Elias (2016) e Marcuschi (2008). Assim, almeja-se fomentar práticas para aprimorar o ensino de argumentação na educação básica no que tange à redação escolar e à citação como estratégia argumentativa.

Palavras-chave: Citação; Redação Enem; Argumentação.

As categorias de “Personne” e “Mostration” no ensino de pronomes em aulas de língua materna para o ensino médio - Leonardo Coelho Corrêa Rosado (UFMG)

O presente trabalho objetiva demonstrar como algumas categorias de língua, propostas por Charaudeau (1992) em sua “Grammaire”, podem ser usadas no ensino de língua portuguesa, no ensino médio, visando desenvolver as habilidades de leitura e interpretação de textos e de análise linguístico-discursiva. O nosso foco foi nas categorias de “Personne” e de “Monstration” para tratar do ensino de pronomes. A partir da aplicação in loco das categorias apresentadas em aulas de língua portuguesa para turmas de 2a e 3a séries do Ensino Médio, de uma escola particular de Belo Horizonte, ficou demostrada a operacionalidade dessas categorias para o ensino de pronomes. Além de tornar a abordagem dos pronomes mais “real”, já que o pressuposto básico da Teoria Semiolinguística é a relação entre linguagem e sociedade, tais categorias se mostraram mais operacionais do que o ensino tradicional dos pronomes, calcado na gramática tradicional e normativa. Assim, o ensino de língua materna pode ganhar bastante ao se utilizarem as categorias da “Grammaire”, pois seu foco é a expressão e o sentido e não classificação e a normatização pura e simples.

Palavras-chave: Teoria Semiolinguística; Ensino de Língua Materna; Categorias de língua; Pronomes.

O que vela e revela o livro didático: uma análise semiolinguística da representação do aluno na seção apresentação - Ana Carolina dos Santos (UFF)

Ainda que os avanços tecnológicos tenham possibilitado uma evolução nas ferramentas a serviço da educação, o livro didático permanece em lugar prioritário no que tange aos recursos pedagógicos utilizados em sala de aula, sendo, portanto, motivo de estudo para diversas áreas do conhecimento. Isto posto, esta pesquisa tem como corpus dois livros didáticos de Língua Portuguesa, correspondentes ao 9º ano do Ensino Fundamental e produzidos pela mesma editora (FTD): Panoramas (Cristina Tibiriçá Hülle/Angélica Alves Prado Demasi, 2019) e Tecendo Linguagens (Tania Amaral Oliveira/Luci Aparecida Melo Araújo, 2018-PNLD). A finalidade do trabalho é analisar, à luz da Teoria Semiolinguística do Discurso, os diferentes imaginários sociodiscursivos que a seção “Apresentação” evoca no tocante à apreensão do aluno pelas autoras. Observa-se que, para os alunos de instituições públicas, a Apresentação do livro didático evoca um destinador que precisa se apropriar da língua portuguesa para, sobretudo, interagir. Já para os alunos de instituições privadas, a seção consolida um TU em busca de novas realizações e de diferentes relações com a linguagem. A partir das contribuições de Charaudeau (2001; 2005; 2009; 2018) identificaremos as estratégias de produção da referida seção, assim como a responsabilidade das representações sociais na construção identitária dos alunos do ensino público e do ensino privado.

Palavras-chave: Representações sociais; Semiolinguística; Imaginários sociodiscursivos; Livro didático.

Proposta de análise semiolinguística do discurso do representante do Ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) : imaginários em torno da profissão secretarial no evento “Primeiro Ciclo de Palestras - Secretariado 4.0” - Isabela Inês Lemos Ferreira (UFV) e Ana Carolina Gonçalves Reis (UFV)

O termo Secretariado 4.0, derivado de Indústria 4.0 diz respeito ao desempenho da profissão na chamada “Quarta Revolução Industrial”, originada da  integração das máquinas e digitalização dos processos no cotidiano profissional. Com o objetivo de compreender a configuração retórico-discursiva em relação ao Secretariado 4.0, este trabalho propõe uma análise semiolinguística de uma preleção  realizada no “Primeiro Ciclo de Palestras — Secretariado 4.0”, ocorrido em 27 de setembro de 2019.  Tratou-se este de um evento promovido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) do governo brasileiro em celebração ao “Dia da Secretária”. Em termos específicos, nosso intuito é  analisar o discurso de abertura de tal evento, proferido pelo Senhor Celestino Todesco, Chefe de Gabinete do MCTIC, na ocasião, representando o Ministro Marcos Pontes. Objetiva-se compreender os imaginários sociodiscursivos concernentes ao profissional de secretariado mobilizados pelo sujeito comunicante em seu projeto de fala. A fim de alcançar esse propósito, tencionamos definir os sujeitos em interação no ato linguageiro, segundo os pressupostos da Teoria Semiolinguística de Patrick Charaudeau. Realizou-se a seleção e a transcrição do corpus, por meio de parâmetros metodológicos pré-definidos. Uma análise inicial do objeto de estudo nos aponta o reforço de imagens cristalizadas atribuídas à (especificamente) profissional e à profissão secretarial. Financiada pela FAPEMIG, esta pesquisa de Iniciação Científica pode possibilitar compreender questões representacionais reproduzidas pelo Ministério em questão, este representante, consequentemente, do governo do país. Com o desenvolvimento deste estudo pretendemos contribuir, também, com a proposição de um instrumental teórico-metodológico para possibilitar a análise de imagens concernentes a outras profissões na chamada Quarta Revolução Industrial.

Palavras-chave: Teoria Semiolinguística. Imaginários. Secretária.

Inscrições

Para receber informações sobre o evento e, após a participação, obter o certificado de 8h, clique no link abaixo. Será necessário também preencher, no dia, o formulário para registrar a frequência.

Para mais informações,
envie um e-mail para leifen.uff@gmail.com.

Você também pode enviar sua mensagem clicando no botão abaixo:

Programação

Manhã   (9:30 – 12:00)
Link para acesso: https://youtu.be/na21FTfVUK8
9:30
ABERTURA 
Do Texto ao Texto: 30 anos da “Gramática do sentido e da expressão”

Profa. Dra. Beatriz Feres (UFF/GPS-LEIFEN)
Profa. Dra. Rosane Monnerat (UFF/GPS-LEIFEN)

10:00
CONFERÊNCIA
Conhecer, dizer, significar: a natureza da língua e suas implicações pedagógicas

Prof. Dr. José Carlos de Azeredo

Mediação:
Profa. Dra. Rosane Monnerat (UFF/GPS-LEIFEN)
Profa. Dra. Nadja Pattresi (UFF/GPS-LEIFEN)

Tarde (14:00 – 16:00)
Link para acesso: https://youtu.be/N3uCDSdL2TA
14:00
MESA-REDONDA
Consciência morfossintática e produção de sentidos: experiências de um ensino de gramática em três eixos
Profa. Dra. Silvia Rodrigues Vieira (UFRJ)

Mediação:
Profa. Dra. Beatriz Feres (UFF/GPS-LEIFEN)
Profa. Dra. Patricia Neves Ribeiro (UFF/GPS-LEIFEN)

SESSÕES DE COMUNICAÇÃO (16:30 – 18:00)
Escolha um dos grupos para participar e acesse o link correspondente.

Do texto ao texto

GRUPO 1

DAS PRÁTICAS ARGUMENTATIVAS I

Link: https://meet.google.com/ehf-ouvv-stu 

Mediação:
Prof. Dr. Welton Pereira (UFF/GPS-LEIFEN)

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Argumentação: gerenciando razão e emoção em texto midiático - Maria Aparecida Lino Pauliukonis (UFRJ) e Eliane Mello Lima (CPII)

Este trabalho tem como fundamentação teórica a semiolinguística de Patrick Charaudeau, expressa em sua “Grammaire du sens et de l´expréssion”, que adota a perspectiva pragmática enunciativa e concebe a linguagem como um ato de encenação que visa à argumentação. Assim, serão analisados o quadro contratual de comunicação estabelecido e as marcas linguísticas da enunciação encarregadas de suscitar emoção e provocar efeitos persuasivos que influenciam o destinatário. Serão estudados índices encontrados em um texto midiático, publicado por ocasião do pico da pandemia do Coronavirus, no Brasil, responsáveis pela persuasão e sedução do leitor, bem como será analisada a força desses elementos no convencimento do destinatário, envolvendo-o emocionalmente. Isso será feito por meio do exame de diversas estratégias de manipulação discursiva, que determinam a força do ato de linguagem argumentativo, – comparado com outros atos de organização do discurso, como o narrativo e o descritivo-,e que são utilizadas com o fim de se conseguir a adesão às teses explícitas ou implícitas.

Palavras-chave: argumentação; enunciação; subjetividade; patemização.

Análise semiolinguística de um corpus anotado manualmente contendo comentários odiosos - Welton Pereira e Silva (UFF)

Este trabalho apresenta os resultados da análise semiolinguística de comentários feitos na rede social Facebook que compõem um corpus anotado manualmente. Os comentários apresentavam enunciados que deviam ser classificados como discurso de ódio (quando havia comentários preconceituosos contra um grupo determinado), discurso violento (quando havia violência verbal, mas não destinada necessariamente a algum grupo-alvo) ou discurso não violento (quando não havia violência verbal). A tarefa foi empreendida por cinco anotadores voluntários. Notamos um baixo índice de concordância entre os anotadores acerca dos comentários que evidenciavam discursos de ódio ou violência verbal. Alguns comentários selecionados foram analisados de maneira qualitativa, a partir da Semiolinguística do discurso, nomeadamente no que concerne às estratégias de construção do ethos e da visada de patemização (CHARAUDEAU, 2005; 2008; 2010). Na análise, procuramos tecer considerações acerca das construções argumentativas que, levando em consideração os imaginários sociodiscursivos compartilhados pelos anotadores, são consideradas como expressão de ódio por alguns deles, enquanto outros os classificam como violentos, mas não odiosos, ou apenas expressão de opinião dos enunciadores. Os resultados apontam para uma urgente necessidade de as características linguístico-discursivas do discurso de ódio serem trabalhadas desde a educação básica, de modo que nossos estudantes possam aprender a perceber em que ponto se inicia a violência verbal e termina a livre expressão de pensamento.

Palavras-chave: discurso de ódio; ethos; pathos.

Construção do ethos em outdoors de cunho político: argumentação e multimodalidade sob um viés semiolinguístico em diálogo com o ensino - Luciana Abrahão Passos Faht (UFF/UFRJ)

Este estudo parte da análise de anúncios em outdoors nos quais se verificam propagandas políticas contra a reeleição do atual presidente Bolsonaro e também contra a do ex-presidente Lula. Para tanto, recorre-se à Semiolinguística do Discurso, de Patrick Chauraudeau (2007; 2009; 2018; 2019), que serve de base teórica e metodológica a esta pesquisa, ao lado de outros pesquisadores, como Silva (2020), Silva e Marchon (2021), Fiorin (2016), Ducrot (1987), Gouvea (2022) e Costa (2013). De forma mais específica, escolheram-se os seguintes pressupostos da teoria: o esquema básico argumentativo, a análise argumentativa multimodal e a criação do ethos do enunciador. Partindo da análise de quatro textos, sendo dois anúncios contrários a Bolsonaro e dois anúncios contrários a Lula, propõe-se compreender como a multimodalidade e a organização argumentativa contribuem para a consolidação de determinados ethé discursivos (de enunciadores contra Lula e Bolsonaro). Sumariamente, foi percebido que, tanto nos discursos contrários a Bolsonaro, quanto nos contrários a Lula, são construídos ethé de potência. Nos discursos contrários a Bolsonaro, também foi evidenciada a construção do ethos de competência. As reflexões que eles suscitam poderão contribuir, ao menos parcialmente, para a compreensão do perfil esperado para determinado eleitorado a partir dos dizeres que o representam. Além disso, tenciona-se, com base nesses resultados, apresentar uma ponte com o ensino de Língua Portuguesa, revelando o quanto as ferramentas da Semiolinguística (sobretudo a mecânica do modo argumentativo) ajudam a compreender os propósitos de persuasão do enunciador mesmo em gêneros cuja materialidade textual é constituída de elementos nominais e frases, formalmente, desconexos.

Palavras-chave: Discurso político; Semiolinguística; argumentação multimodal; ethos; ensino.

Representações argumentativas em sermões orais de pastores evangélicos de Alagoas - Max Silva da Rocha (UFPI) e João Benvindo de Moura (UFPI)

A argumentação é um recurso linguageiro capaz de fornecer ao orador meios racionais e emotivos, a fim de que possa negociar as diferenças com o seu auditório acerca de uma questão conflituosa. No discurso religioso cristão, por exemplo, a argumentação é um fator imprescindível, seja para manter e ampliar a adesão outrora conquistada, seja para recrutar novos membros para o rebanho da cristandade. Partindo dessas ponderações, nosso trabalho tem como principal objetivo compreender de que maneira oradores evangélicos de Alagoas se utilizam de estratégias argumentativas com o objetivo de persuadir o auditório. Nosso campo de estudo parte da argumentação retórica com as contribuições atuais do quadro teórico-metodológico da análise do discurso francesa contemporânea. Assim, categorias como ethos, logos e pathos são trabalhadas numa concepção discursiva. O nosso corpus é composto por sermões orais de oradores protestantes de Alagoas. Esse material foi adquirido na plataforma virtual do YouTube e, sem seguida, transcrito com normas específicas dos estudos conversacionais. Acerca dos postulados teóricos, servimo-nos de alguns autores, a exemplo de Amossy (2020), Aristóteles (2011), Charaudeau (2019), Fiorin (2017), Maingueneau (2010), Meyer (2007), Moura (2020), Perelman e Olbrechts-Tyteca (2014), Reboul (2004), Rocha (2022), entre outros. Após as análises realizadas, podemos compreender que o fazer argumentativo dos oradores evangélicos está fundamentado na credibilidade da imagem de si, no encandeamento racional de argumentos e nas visadas passionais. Esses recursos discursivos insuflaram a argumentação dos referidos oradores, produzindo diferentes efeitos de sentido nos sermões orais estudados.

Palavras-chave: Argumentação; Discurso; Persuasão; Sermão oral.

GRUPO 2

DAS PRÁTICAS ARGUMENTATIVAS II

Link: https://meet.google.com/skc-bwag-bym

Mediação:
Profa. Dra. Glayci Xavier (UFF/GPS-LEIFEN)

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Pandemia em capas de revista: multimodalidade e argumentatividade sob a ótica semiolinguística - Isabella da Rocha Pontes (UFF) e Glayci Kelli Reis da Silva Xavier (UFF)

O mundo em 2019 conheceu um inimigo invisível, mas forte o suficiente para causar danos intensos: o novo coronavírus. Por isso, esse agente biológico e a doença causada por ele, a Covid-19, tornaram-se tema constante em pesquisas, notícias, reportagens, postagens em redes sociais, conversas no dia a dia e, consequentemente, nas atividades do espaço escolar. Considerando que a argumentatividade é inerente ao discurso e que, nas variadas situações de comunicação, em maior ou menor grau, fazemos uso de estratégias argumentativas, o presente trabalho tem como objetivo principal investigar os recursos linguístico-discursivos e as estratégias de argumentação presentes em capas de revista publicadas durante esse período complexo, cujo tema principal foi a própria pandemia. São analisadas no trabalho três capas de revistas distintas, mostrando diferentes perspectivas do acontecimento. A base teórica principal é a Teoria Semiolinguística de Análise do Discurso, de Patrick Charaudeau, em interface com a Argumentação no discurso, de Ruth Amossy. Por meio desta pesquisa, percebeu-se que, apesar de as capas não apresentarem uma estrutura argumentativa canônica, o projeto de influência encontra-se de forma implícita, conduzindo a leitura em determinada direção.

Palavras-chave: Argumentação; Semiolinguística; Multimodalidade; Pandemia; Covid-19.

A-COR-DA, Pedrinho: um ensino antirracista é possível. Um estudo acerca dos memes e da argumentação - Vívian Lúcia Xavier Pereira (UFF) e Janayna Rocha da Silva (UFF)

As Leis 10.639/2003 e 11.645/2008 marcaram as implementações dos estudos da história e cultura afro-brasileira e indígena, como obrigatórios, no ensino fundamental e médio, nos sistemas públicos e privados. Desde o mesmo período, as metodologias aplicadas em sala de aula vêm sofrendo transformações, em decorrência da ascensão das tecnologias digitais. As práticas de ensino contam, cada vez mais, com a inserção de textos multissemióticos, a fim de caminharem paralelamente com o letramento digital. “Ser letrado hoje não é garantia que seremos letrados amanhã” (Coscarelli, 2016), assim, com objetivo de desenvolver o ensino antirracista de forma dinâmica e atraente, o corpus delimitado sustenta-se em memes que revelam a importância e a necessidade do ensino antirracista dentro e fora das telas. À vista disso, pela perspectiva da Linguística Textual coadunada com a Teoria Semiolinguística de Análise do Discurso, a abordagem será motivada pelos entendimentos de Koch (2015), relacionados ao conceito de hipertexto; articulação linguística em ambiente virtual, a partir da concepção de Santaella (2009), associados aos moldes da argumentação postulados por Charaudeau (2016), Koch e Elias (2018) e Fiorin (2018), buscando apontar que a não determinação de espaço, a multilinearização e a multissequenciação, embora sejam virtuais, são superfícies não táteis que fazem parte da realidade do ensino.

Palavras-chave: Memes; ensino antirracista; argumentação; hipertexto.

Representações da identidade negra em livros infantis: análise linguístico-semiótico-discursiva da relação palavra-imagem - André Marques da Silva (UFF) e Júlia Vieira Correia (UFRJ)

Este trabalho propõe uma análise semiolinguageira da representação e/ou representatividade da identidade negra em livros ilustrados/com ilustração, destinados, prioritariamente, ao público infantil. Para tanto, alguns conceitos teóricos fundamentam esta análise, quais sejam, o duplo processo de semiotização do mundo, contrato de comunicação, imaginários sociodiscursivos raciais, modos de organização do discurso e a dimensão argumentativa do narrar. Partimos da tese de que a cultura letrada em países colonizados constitui-se de letramentos hegemônicos que, diacronicamente, constroem e legitimam imaginários e estereótipos de grupos étnico-raciais que são historicamente excluídos dos espaços simbólicos de poder. Por essa razão, analisar como a identidade negra é representada na literatura é uma maneira de promover um debate sobre letramento racial e de desenvolver práticas de leitura para uma educação antirracista. Como Feres (2019), partimos do pressuposto de que a instância de produção (EUc), a partir do seu projeto do dizer, pode engendrar no modo narrativo uma argumentação implícita com estratégias de persuasão que, em nosso objeto de análise, são responsáveis por desconstruir ou por naturalizar o discurso racista na literatura. Para analisar a materialidade verbo-visual e sua dimensão argumentativa no modo narrativo, além da Semiolinguística, fundamentada em Charaudeau (2008, 2016), recorremos ao aporte teórico da Linguística de Texto com Koch (2001) e Koch e Elias (2020) e a outras correntes representadas por Amossy (2011, 2018), Cavalleiro (2001), Fanon (2008) e Street (2014). Para a realização de uma análise qualitativa, seleciona-se um corpus constituído pela obra  “O Pequeno Príncipe Preto” (FRANÇA, 2020) e de três edições diferentes do conto “Como se fosse dinheiro” (ROCHA, 1994, 2002, 2010). A partir dessa investigação qualitativa, analisamos como as relações palavra-imagem desconstroem e/ou reconstroem estereótipos e imaginários raciais da identidade negra em livros considerados prioritariamente infantis.

Palavras-chave: Semiolinguística; Linguística de Texto; Representações da identidade negra; Imaginários sociodiscursivos; Literatura Infantil.

A Semiolinguística desvenda o mistério do pavão: um olhar sobre a metáfora da diversidade em João Gibão no remake de "Saramandaia" - Murilo Alberto Martins Silva (UFF)

Este trabalho aborda como a diversidade é representada, a partir do personagem João Gibão, dentro da trama do remake de Saramandaia. Exibida na faixa das 23 horas, Saramandaia foi a refilmagem da clássica trama criada por Dias Gomes, originalmente exibida em 1976, período marcado pelo regime ditatorial militar. O autor utilizou metáforas em uma narrativa de realismo fantástico para debater questões políticas e sociais em seu enredo. No caso remake, o contexto em que a obra foi exibida já não se tratava mais de uma ditadura, mas de um regime democrático que buscava intensificar pautas progressistas e ascender discussões acerca de diversidade na sociedade, isso possibilitou que novas leituras fossem feitas para as metáforas concebidas por Dias Gomes, mas agora sob responsabilidade de Ricardo Linhares, que deu roupagem nova para os personagens e os inseriu em uma realidade mais adequada ao período em que o folhetim fora exibido, como a inserção da tecnologia informacional, por exemplo. A história da telenovela se desenvolve a partir do conflito entre um grupo de personagens conservadores e um com pensamentos progressistas, liderado pelo João Gibão. Porém, o que chama atenção na trama é a peculiaridade de alguns personagens, como é o caso de João Gibão, que esconde um par de asas por baixo de seu gibão de couro. A forma como os habitantes da cidade lidam com a estranheza de João Gibão marca uma leitura acerca da metáfora da diversidade. Tomando a Teoria Semiolinguística de Análise do Discurso, de Charaudeau, como base para a investigação deste trabalho, buscamos compreender o contrato de comunicação que rege a telenovela enquanto texto, os imaginários envolvidos na construção da personagem em questão, o uso da patemização como estratégia de captação no ato de linguagem abordado e o contexto a nível situacional que influencia diretamente na recepção do público.

Palavras-chave: Telenovela; Narrativa; Imaginários; Discurso de ódio.

GRUPO 3

DA EXPRESSÃO AO SENTIDO I

Link: https://meet.google.com/fyc-fwbi-ofo

Mediação:
Profa. Dra. Beatriz Feres (UFF/GPS-LEIFEN)

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Um estudo semiolinguístico em “Canto dos Malditos”: do ethos ao imaginário sociodiscursivo - Francisco Herbert da Silva (UFPI) e João Benvindo de Moura (UFPI)

Este trabalho tem como objetivo analisar o ethos e os imaginários sociodiscursivos presentes na autobiografia do escritor brasileiro Austregésilo Carrano Bueno, intitulada “Canto dos Malditos”, publicada em 1990 e que inspirou o filme Bicho de sete cabeças (2000). Nossa principal base teórica é a Análise do Discurso Semiolinguística. Trata-se de uma pesquisa descritiva e interpretativa, cujo corpus foi composto por sequências discursivas extraídas da referida obra, na qual o autor relata o período em que esteve internado em manicômios. Os resultados mostram circunstâncias de discurso cujo cenário denuncia o tratamento desumano aplicado a usuários de maconha, mães solteiras, homossexuais, dentre outros, internados junto com pacientes crônicos sendo obrigados a ingerir medicamentos, submetidos a torturas e rejeitados pela sociedade. No tocante aos imaginários sociodiscursivos, observamos a recorrência de saberes de crença, ancorados em saberes de opinião comum, relativa e coletiva. As avaliações, apreciações e julgamentos são constantes na obra. A narrativa descontrói, pelo menos, dois imaginários bastante comuns em nossa sociedade: (1) usuários esporádicos de maconha são considerados dependentes químicos; (2) clínicas de reabilitação são lugares íntegros, seguros e eficazes. Em relação ao ethos, identificamos na narrativa as representações imagéticas que nos direcionam para os seguintes ethé: o ethos de viciado, ethos de rebelde, ethos de mau, ethos de excluído, por exemplo. Concluímos que a obra revela várias imagens (ethé) do autor, além de expor imaginários sociodiscursivos que são compartilhados frequentemente pela sociedade contemporânea.

Palavras-chave: Discurso; semiolinguística; ethos; imaginários sociodiscursivos.

Imagens do feminino na publicidade: #SouMaisQueUmRotulo - Roberta Viegas (UFF) e Gleici Heringer (UFF)

Corpo e comportamento femininos sempre foram alvos de dominação social, uma vez que a virgindade, a maternidade e os ideais de beleza feminina (cor da pele, peso, busto e quadril) visavam, quase sempre, atender aos anseios masculinos e às exigências que a sociedade patriarcal impõe. Na publicidade, a mulher sempre foi objetificada e padronizada, cumprindo a função de superfície visual e corporal, inscritas em modelos: a bela, a sensual, a mãe, a recatada… Porém, o feminismo tem provocado, certa libertação parcial da cultura androcêntrica na forma de representar as mulheres, possibilitando que se produza uma escrita de si. Hoje, a maneira de ver a mulher pode ser percebida em diversos gêneros textuais, principalmente naqueles ligados à publicidade, espaço fecundo para (re)produção de imaginários e estereótipos. Este estudo, pautado na Teoria Semiolinguística de Análise do Discurso, analisa a campanha publicitária da marca de cosméticos Natura, intitulada “Viva sua beleza viva”, sob o mote #SouMaisQueUmRotulo, de 2019, com o intuito de evidenciar a discursivização da mulher na publicidade atual e demonstrar como essa discursivização projeta um destinatário construído para atender a um universo existente no plano publicitário. Partindo de um texto verbo-visual, pretende-se verificar como a interação palavra e imagem cria um universo de discurso que abriga corpos e comportamentos femininos condizentes com ideologias propícias a valores que o enunciador associa à sua marca/produto. Parte-se do pressuposto de que, por meio da imagem/representação projetada na publicidade, constrói-se um imaginário discursivo que colabora para a extensão/expansão do discurso feminista, de desconstrução dos estereótipos sociais sobre o corpo e de valorização da diversidade. A análise será fundamentada em estudos interdisciplinares: Análise Semiolinguística (CHARAUDEAU, 2010; 2017); Comunicação Social (RIBEIRO, 1995); Teoria das Representações Sociais (MOSCOVICI, 2007; JODELET, 2001); e Estudos Culturais sobre Gênero e Identidade (HOOKS, 2019; BOURDIEU, 2019; BUTLER, 2007; SAFFIOTI 1994).

Palavras-chave:

Análise do Discurso; representação feminina; publicidade; diversidade.

Os imaginários sociodiscursivos anticomunistas nas redes sociais - Dalila Maria Silva de Macêdo (NEPAD/UFPI)

Este trabalho propõe-se a analisar os imaginários sociodiscursivos presentes em memes que abordam o anticomunismo nas redes sociais. Para tanto, utiliza como referencial teórico-metodológico a Análise do Discurso Semiolinguística de Patrick Charaudeau, com ênfase na noção de imaginários sociodiscursivos, enquanto representações sociais. O corpus foi composto por três postagens retiradas de perfis de direita de uma das principais redes sociais da atualidade, o Facebook, publicadas nos anos de 2021 e 2022. Os resultados mostraram que os memes se apresentam como o gênero discursivo mais comentado e compartilhado na sociedade contemporânea, revelando imaginários sociodiscursivos de que os comunistas são hipócritas por usufruírem dos bens de consumo capitalistas e de que o principal problema a ser combatido na atualidade é a “ameaça comunista” responsável pelas mazelas sociais e usurpador da liberdade de expressão. Ainda, observamos que os imaginários possuem uma predominância de saberes de crença, pois estão inseridos dentro da subjetividade do sujeito, dos seus juízos de valor e de suas experiências culturais, políticas ou religiosas. Concluímos que os memes analisados são representações e produções de sentidos na sociedade brasileira contemporânea acerca do comunismo, valendo-se de elementos discursivos que desencadeiam a disseminação daquilo que se pretende mostrar como verdade, na busca pela adesão da sociedade.

Palavras-chave: Semiolinguística; imaginários sociodiscursivos; comunismo; memes.

Falácias, mentiras e invenções: as representações do gênero no Portal Metapédia - Gleici Heringer (UFF)

O feminismo é um movimento de resistência responsável pela busca da igualdade entre os gêneros, estando voltado para a luta contra as injustiças realizadas pelo histórico padrão patriarcal. Nas últimas décadas, o movimento se fortaleceu, gerando, ainda que tímidos, resultados positivos para as mulheres e para o público LGBTQIA+. No entanto, concomitantemente, o pensamento patriarcal  resiste a essas iniciativas, o que se expressa no aumento da violência física e verbal contra tais grupos, evidenciando a negação à democracia de gênero. Nesse contexto, os movimentos de ultra-direita constituem importantes setores que rejeitam a dissolução do modelo endrocêntrico. Para isso, eles recorrem ao espaço da internet a fim de se comunicarem e fazerem contatos em escala global entre os grupos de extrema-direita, se organizando em comunidades virtuais. Dessa maneira, a facilidade de uso, a velocidade de acesso e a capacidade global de alcance fizeram com que a rede mundial de computadores se tornasse um dos principais veículos de materialização de posicionamentos machistas e homofóbicos. Logo, alicerçado pela Teoria Semiolinguística de Análise do discurso, de Patrick Charaudeau, este estudo pretende pesquisar as estratégias discursivas verbais e não verbais mobilizadas pelo  portal  Metapédia com a intenção deturpar o feminismo e outros grupos que estão à margem do heteropatriarcado (ou cis-heteropatriarcado) e que lutam pela igualdade de direitos. Desse suporte teórico principal, destacamos o processo de semiotização do mundo, os Modos de Organização do Discurso e os imaginários sociodiscursivos de Charaudeau (2008). Como instrumentais teóricos de apoio, recorreremos ao conceito de referenciação da professora Engedore Villaça Koch (2005), aos estudos sobre a subjetividade na enunciação de KERBRAT-ORECCHIONI 1993 e à professora SANTAELLA (1997), com suas análises sobre as plataformas virtuais

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Palavras-chave: Análise do Discurso; feminismo; ultradireita; internet.

GRUPO 4

DA EXPRESSÃO AO SENTIDO II

Link: https://meet.google.com/jao-hhon-sjq 

Mediação:
Profa. Dra. Ilana Da Silva Rebello (UFF/GPS-LEIFEN)

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Dos modos de organização aos imaginários sociodiscursivos: análise semiolinguística de uma Nota da CNBB ao povo brasileiro - Mônica Santos de Souza Melo (UFV)

Desde a publicação dos pressupostos contidos na “Grammaire du sens et de l’ expression” (CHARAUDEAU, 2009), os pesquisadores da linha dos Estudos Discursivos tiveram acesso a um inventário de conceitos, categorias e procedimentos capazes de proporcionar a descrição sistemática de textos na perspectiva semiolinguística. Os dados provenientes dessas descrições permitem aos pesquisadores a identificação das representações ou, nos termos de Charaudeau (2017), dos imaginários sociodiscursivos veiculados pelo discurso, essenciais à interpretação dos dados. Amparados nessa perspectiva, empreendemos uma análise de um documento produzido pela Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) que aborda a situação brasileira no contexto da pandemia. Esse trabalho se vincula a um projeto mais amplo que tem como objetivo analisar a relação entre os discursos religioso e político na atualidade. Acreditamos, pautados em Bourdieu (1998), que o discurso religioso exerce uma importância fundamental na sociedade, por exercer um poder simbólico sobre os seguidores. No Brasil, a CNBB tem um papel fundamental, colocando em pauta, por meio de suas publicações, que extrapolam a doutrinação espiritual, abordando temáticas sociais. Essas orientações são especialmente relevantes no contexto de crise democrática e social que vivemos. Aqui, tomamos como objeto de análise a Nota  001/21, intitulada “Unidos e responsáveis rumo ao novo que desejamos”, publicada em 06 de janeiro de 2021, por meio da qual a Confederação faz uma avaliação sobre o difícil momento que o país atravessa, sobretudo em função da pandemia da COVID-19, e cobra providências. Por meio da descrição da organização discursiva do texto, incluindo os modos enunciativo, descritivo, narrativo e descritivo, interpretamos os imaginários sociodiscursivos associados ao povo brasileiro, a seus dirigentes e à própria Igreja Católica. Em síntese, a Igreja se coloca como solidária à sociedade na cobrança por providências, especialmente por parte do Estado.

Palavras-chave: Discurso religioso; CNBB; discurso político;  Covid-19.

Semiolinguística e transexualidade: uma voz que não se cala, entre imagens e contos - Elenita Arguelles de Vargas (UFF)

Este trabalho tem como objetivo central identificar e analisar como se constroem e se apresentam as representações evocadas pelos livros ilustrados Vozes Trans e Transderella, para desenvolver uma interpelação embasada na temática da transexualidade. Tal investigação se funda no intuito de examinar/delimitar a sua aplicabilidade ao ensino, no que tange à prática de leitura/interpretação no ambiente escolar. Para tanto, buscamos identificar peculiaridades linguísticas de subjetividade inseridas nos contos focalizados, a partir de um âmbito linguístico-discursivo, a fim de evidenciar as escolhas discursivas para a construção dos textos  verbo-visuais analisados. Sob o ponto de vista metodológico, utilizamos, neste trabalho para fins analíticos, excertos de dois dos quatro contos que constituem a obra Vozes Trans, bem como fragmentos do conto Transderella, sendo tais seleções centradas em um recorte temático específico: o corpo e as emoções a partir das relações de gênero e de sexualidade. Mais especificamente, para o estudo, investigamos não só a construção da identidade estabelecida nas narrativas em pauta, associada aos conceitos de estereótipos e imaginários sociais, como também as estratégias de aproximação entre os livros ilustrados e o seu público leitor. Desse modo, a materialidade do texto é observada com base no que Charaudeau (2016) chama de duplo processo de semiotização do mundo, a partir de um contrato de comunicação estabelecido entre os sujeitos do ato linguageiro. Neste estudo, temos como hipótese que os sujeitos (EUe; TUd) envolvidos no discurso produzido pelas obras investigadas parecem instaurar uma coconstrução de sentido. Como fundamentação teórico-metodológica primordial, optamos pela Semiolinguística (CHARAUDEAU, 2004, 2005, 2016 e 2017), já que permite uma proposta de análise do discurso que visa a uma observação acerca dos mecanismos de articulação entre produções textuais/discursivas e atores sociais, neste caso, a sociedade e o contexto nos quais estão inseridos os livros ilustrados em tela e o seu público leitor.

Palavras-chave: Representações;  Identidade; Transexualidade; Contos ilustrados; Estratégias de leitura.

Produto ou marca à venda? Estratégias de captação e de credibilidade na propaganda #maternidadesemjulgamento da O Boticário - Giselle de Souza Reis Coutinho (UFF)

O texto publicitário tem, normalmente, como uma de suas características principais, a utilização de estratégias para construir um imaginário no qual o público-alvo será o principal beneficiário a partir, logicamente, da aquisição de um produto oferecido pela empresa em questão (CHARAUDEAU, 2018a). Essa compreensão do gênero contribui para que o seu ensino e estudo, muitas vezes, focalizem nas estratégias que as marcas usam para convencer o destinatário de que necessita obter o produto oferecido. No entanto, entendemos que as campanhas publicitárias mais recentes, como a da empresa O Boticário para os dias das mães, não focalizam na venda de um objeto em específico, mas na exaltação da marca em si, projetando um ethos (CHARAUDEAU, 2018b). Assim, é a partir dessa hipótese que esta pesquisa busca investigar, com base, principalmente, nos pressupostos da Semiolinguística do Discurso de Patrick Charaudeau, o processo de Semiotização de Mundo (2007) do vídeo publicitário intitulado #Maternidadesemjulgamento da O Boticário, além verificar o acionamento de Imaginários Sociodiscursivos (2018) ressignificados sobre a maternidade, com o objetivo de produzir efeitos de sentidos que podem contribuir para a captação do público-alvo. Buscamos, então, estudar, a partir do propósito prototípico de uma publicidade, qual é a estrutura desse novo formato de propaganda e quais são os efeitos de sentido visados. Para isso, partiremos, também, dos pressupostos sobre ícone, índice e símbolo de Charles Sanders Peirce (2010), a fim de verificar a importância das imagens expostas no vídeo para a produção dos significados veiculados no texto, tendo em vista o seu caráter verbal e não verbal.  Esperamos, com isso, não só entender os mecanismos discursivos utilizados na publicidade atual, como também contribuir para o estudo desse gênero na academia e no ensino básico.

Palavras-chave: Semiolinguística; Ensino; Semiotização de mundo; Imaginários; Publicidade.

A patemização pelo viés da Semiolinguística em capas da Veja sobre a pandemia de Covid-19 - Ilana da Silva Rebello (UFF)

Este trabalho, baseando-se, sobretudo, em Charaudeau (2007, 2008, 2010), Emediato (2007) e Gouvêa (2017), investiga a patemização em capas da Veja, disponíveis no site da revista, dos anos de 2020 e 2021, sobre a pandemia do coronavírus. Pelo viés da Semiolinguística, a emoção é estudada a partir dos efeitos visados, do processo discursivo pelo qual a emoção pode ser suscitada. Parte-se da hipótese de que a Veja apela diretamente para as emoções do sujeito destinatário, provocando a espetacularização da notícia e, consequentemente, produzindo polêmica. Nesse sentido, o estudo aponta que as capas da Veja funcionam como uma espécie de “espelho social”, ao concretizarem o projeto previamente planejado de construção de sentidos, quer lógicos, ideológicos, emocionais, estéticos quer de outra natureza do Eu-comunicante.

Palavras-chave: Semiolinguística; patemização; capas da Veja; pandemia de Covid-19.

GRUPO 5

DA SEMIOLINGUÍSTICA NA ESCOLA I

Link:  https://meet.google.com/scx-ywnb-azb 

Mediação:
Profa. Dra. Eveline Cardoso (UERJ/ GPS-LEIFEN)

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Leitura e Semiolinguística: aplicação de ensino em sala de aula a partir do gênero romance de aventura - Gisele Arruda Eckhardt (UFF) e Douglas Araújo (UFF)

Este trabalho apresenta uma proposta de ensino de leitura, com vistas ao desenvolvimento socioemocional a partir do gênero romance de aventura para turmas do 7º ano do ensino Fundamental da educação básica. Tendo como escopo a Teoria Semiolinguística de Análise do Discurso de Patrick Charaudeau (1993; 2015; 2016), sobretudo, os pressupostos que abarcam o processo de semiotização do mundo, sujeitos da linguagem e a concepção de gêneros situacionais, o objetivo geral desta pesquisa consiste em estimular a reflexão e a expressão de afetos do discente a partir da prática de leitura a fim de despertar  seu interesse pelo tema em questão; ampliar suas competências discursivas relativas à leitura e escrita; desenvolver suas habilidades orais e de escuta, bem como; fazê-lo refletir sobre o seu o papel enquanto cidadão, dentro de sua comunidade. Dessa forma, por meio da abordagem qualitativa, dos pressupostos da sequência didática nos moldes de Dolz et al (2004), este trabalho contribui para o ensino, uma vez que espera-se desenvolver o fazer crítico do alunado, ampliando sua competência de leitura e compreensão de texto, assim como, valorizando o exercício da oralidade, de modo que contemple o que nos orienta a BNCC e os PCNs. Ademais, espera-se desenvolver a empatia do educando por meio do exercício da escuta ativa e diálogo sobre temáticas que fazem parte do seu repertório cultural, de modo que os valores aprendidos por meio da leitura, seja disseminado para além dos muros da escola (SIBILIA, 2012): sua casa, sua rua, seu bairro e sua comunidade.

Palavras-chave: Semiolinguística; Leitura; Ensino.

A BNCC e o ensino de língua portuguesa: contribuições da Semiolinguística para as práticas de leitura de textos do campo jornalístico-midiático - Antônio Aílton Ferreira de Cerqueira (UFPI)

Este trabalho consiste num recorte de pesquisa de doutorado realizada junto ao Programa de Pós-graduação em Letras da UFPI. Aqui, a proposta é fazer uma reflexão, a partir da Teoria Semiolinguística do Discurso, sobre as habilidades de Língua Portuguesa relacionadas à leitura de textos jornalísticos e publicitários estabelecidas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Essa escolha surgiu a partir da homologação, em 2018, da BNCC, documento oficial que define o conjunto de aprendizagens essenciais em todas as etapas da Educação Básica e que destacou, tanto para o Ensino Fundamental quanto para o Ensino Médio,as práticas de leitura do campo jornalístico-midiático. Como objetivo geral, este artigo pretende avaliar como a Base Nacional relaciona as práticas de leitura às características e ao impacto de gêneros jornalístico-midiáticos. Em Charaudeau (2016, 2018) estão as principais bases teóricas deste artigo, mas também é importante destacar as contribuições de Bordieu (1997) e, em especial, Soares (2014) e Felitzen (2014), autores que estabelecem uma relação entre educação e comunicação. De forma sintética, os resultados dessa investigação reforçam a convicção de que a abordagem teórico-metodológica da Semiolinguística tem potencial para contribuir para a atuação dos professores, os quais, além da análise linguístico-semiótica, para garantir o domínio dessas habilidades nos estudantes, deverão propiciar discussões sobre aspectos mercadológicos do campo jornalístico-midiático, sobre democratização da comunicação, sobre pós-verdade e sobre a importância da prática de curadoria, por exemplo.

Palavras-chave: Ensino; leitura; semiolinguística; discurso.

Gêneros discursivos e ensino: um passeio chargístico guiado pela Semiolinguística - Eveline Coelho Cardoso (UERJ)

Como professores de língua materna, conhecemos bem a importância do conceito de gêneros discursivos e sabemos das diversas perspectivas teóricas envolvidas em sua investigação. O documento curricular oficial brasileiro (BNCC, BRASIL, 2018) põe em destaque esse fato, preconizando que a participação dos estudantes em situações de escuta e manipulação de diferentes gêneros discursivos se inicie já na Educação Infantil, na faixa etária de zero a um ano e seis meses, por meio do contato com poemas, fábulas, contos, receitas, quadrinhos, anúncios etc. Na conhecida fórmula bakhtiniana (1992), que perpassa as principais tendências de estudo dos gêneros, a relativa estabilidade desses tipos de enunciados lhes garante traços peculiares em cada esfera de utilização da língua. Com efeito, a importância pedagógica dos gêneros reside exatamente neste ponto: eles põem em jogo o domínio de uma gama de formas, funções e experiências de sentido indispensáveis à leitura, à compreensão e à produção de textos nas mais diversas situações de uso da linguagem verbal e não verbal. Na perspectiva semiolinguística, Charaudeau (2004) nos propõe uma análise dos gêneros discursivos ancorada na observação dos níveis de organização do fato linguageiro que subjazem à materialidade do texto. Dois pressupostos básicos se destacam: o de um querer dizer intencional dos sujeitos e o de sua submissão a restrições da situação comunicativa, que, por sua vez, configura e impõe uma relação contratual entre os sujeitos. Com base nisso, propomos, neste trabalho, uma análise de três charges contemporâneas dos cartunistas brasileiros Rodrigo Brum, Amarildo e Zé da Silva, com vistas ao exame das cláusulas do contrato comunicativo jornalístico/midiático (CHARAUDEAU, 2010). Pretendemos relevar como esse gênero típico do universo dos quadrinhos direciona as visadas de informação e captação a partir do diálogo intertextual com os fatos do noticiário e também com outros gêneros discursivos em sua verbo-visualidade.

Palavras-chave: Semiolinguística; gêneros discursivos; charge; ensino.

Leitura, Análise linguístico-discursiva/semiótico-discursiva Isto é gaslighting? Uma análise descritiva do imaginário sociodiscursivo da loucura sobre o feminino em capas da revista “Isto É” - Alessandro Alves dos Santos – UFF

A presente comunicação, ao propor uma aplicação da Teoria Semiolinguística de Análise do Discurso com o ensino, de modo a promover possibilidades de proficiência leitora, pretende analisar, por intermédio de um corpus de quatro capas da revista Isto É, sob um eixo temporal diacrônico, a manifestação do discurso gaslighting contra a mulher, calcada no existente imaginário sociodiscursivo da loucura historicamente atribuída a ela (FOUCAULT, 1978). Como o gênero textual capa de revista (CORADO, 2010) é construído por intermédio da linguagem verbo-visual, priorizaremos, de acordo com a nossa temática, o modo descritivo de organização do discurso, semiotizado pelos signos linguísticos e imagéticos adjetivos, cuja análise será pautada, sobretudo, nos estudos de Charaudeau (2005; 2008; 2016; 2017; 2018) e de Barthes (1990), respectivamente. Por meio desse arcabouço teórico, pretende-se investigar, de acordo com as características do gênero em questão, que faz parte do domínio discursivo das mídias (CHARAUDEAU, 2019), como os signos verbais e visuais engendram, conjuntamente, o discurso gaslighting (SARKIS, 2019). Este discurso é posto em prática por certas pessoas – em sua  maioria, homens – que visam, por sua característica de manipulação e de distorção recorrentes dos fatos, a fazer a mulher interpretante crer, de forma tácita, no sentido de mantê-la sob controle, que não seria naturalmente capaz ou responsável por seus próprios atos pelo simples fato de ser mulher. Tal análise se centrará em comprovar a hipótese de que esse tipo de discurso ultrapassa – de forma consciente ou inconsciente –, as relações amorosas, reverberando, inclusive, nos discursos sociais, entendendo que tal discurso manipulador e nocivo, por parte de Isto É, é utilizado contra a mulher sob diversas intencionalidades como possível mecanismo discursivo de disseminação e de manutenção, em larga escala, da ideologia patriarcal defendida pelas mídias hegemônicas.

Palavras-chave: Semiolinguística; Descrição; Mulher; Gaslighting; Capa de revista.

GRUPO 6

DA SEMIOLINGUÍSTICA NA ESCOLA II

Link: https://meet.google.com/bmw-qned-sth

Mediação:
Prof. Dr. Rafael Guimarães (IFRJ/ GPS-LEIFEN)

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(Des)encontro de vozes: o uso da citação em redações do Enem - Rafael Guimarães Nogueira (IFRJ) e Margareth Andrade Morais (IFRJ)

Reafirmando a importância da pesquisa e do ensino da argumentação e, em específico, do gênero redação escolar, a proposta desta comunicação é  analisar o emprego de citações diretas e indiretas em redações nota 1000 das edições de 2020 e 2021 do Exame Nacional do Ensino Médio. O corpus desta pesquisa é, pois, constituído das 18 redações divulgadas nos sites G1 e Guia do Estudante, nos quais tais textos são apresentados como um modelo de expressão. Como fundamento teórico-metodológico, serão entrelaçadas as contribuições da Teoria Semiolinguística de Análise do Discurso, principalmente os pressupostos de Charaudeau (2008), aos postulados da Linguística de Texto, tendo como principal fonte Koch e Elias (2016) e Marcuschi (2008). Assim, almeja-se fomentar práticas para aprimorar o ensino de argumentação na educação básica no que tange à redação escolar e à citação como estratégia argumentativa.

Palavras-chave: Citação; Redação Enem; Argumentação.

As categorias de “Personne” e “Mostration” no ensino de pronomes em aulas de língua materna para o ensino médio - Leonardo Coelho Corrêa Rosado (UFMG)

O presente trabalho objetiva demonstrar como algumas categorias de língua, propostas por Charaudeau (1992) em sua “Grammaire”, podem ser usadas no ensino de língua portuguesa, no ensino médio, visando desenvolver as habilidades de leitura e interpretação de textos e de análise linguístico-discursiva. O nosso foco foi nas categorias de “Personne” e de “Monstration” para tratar do ensino de pronomes. A partir da aplicação in loco das categorias apresentadas em aulas de língua portuguesa para turmas de 2a e 3a séries do Ensino Médio, de uma escola particular de Belo Horizonte, ficou demostrada a operacionalidade dessas categorias para o ensino de pronomes. Além de tornar a abordagem dos pronomes mais “real”, já que o pressuposto básico da Teoria Semiolinguística é a relação entre linguagem e sociedade, tais categorias se mostraram mais operacionais do que o ensino tradicional dos pronomes, calcado na gramática tradicional e normativa. Assim, o ensino de língua materna pode ganhar bastante ao se utilizarem as categorias da “Grammaire”, pois seu foco é a expressão e o sentido e não classificação e a normatização pura e simples.

Palavras-chave: Teoria Semiolinguística; Ensino de Língua Materna; Categorias de língua; Pronomes.

As categorias de “Personne” e “Mostration” no ensino de pronomes em aulas de língua materna para o ensino médio - Leonardo Coelho Corrêa Rosado (UFMG)

O presente trabalho objetiva demonstrar como algumas categorias de língua, propostas por Charaudeau (1992) em sua “Grammaire”, podem ser usadas no ensino de língua portuguesa, no ensino médio, visando desenvolver as habilidades de leitura e interpretação de textos e de análise linguístico-discursiva. O nosso foco foi nas categorias de “Personne” e de “Monstration” para tratar do ensino de pronomes. A partir da aplicação in loco das categorias apresentadas em aulas de língua portuguesa para turmas de 2a e 3a séries do Ensino Médio, de uma escola particular de Belo Horizonte, ficou demostrada a operacionalidade dessas categorias para o ensino de pronomes. Além de tornar a abordagem dos pronomes mais “real”, já que o pressuposto básico da Teoria Semiolinguística é a relação entre linguagem e sociedade, tais categorias se mostraram mais operacionais do que o ensino tradicional dos pronomes, calcado na gramática tradicional e normativa. Assim, o ensino de língua materna pode ganhar bastante ao se utilizarem as categorias da “Grammaire”, pois seu foco é a expressão e o sentido e não classificação e a normatização pura e simples.

Palavras-chave: Teoria Semiolinguística; Ensino de Língua Materna; Categorias de língua; Pronomes.

O que vela e revela o livro didático: uma análise semiolinguística da representação do aluno na seção apresentação - Ana Carolina dos Santos (UFF)

Ainda que os avanços tecnológicos tenham possibilitado uma evolução nas ferramentas a serviço da educação, o livro didático permanece em lugar prioritário no que tange aos recursos pedagógicos utilizados em sala de aula, sendo, portanto, motivo de estudo para diversas áreas do conhecimento. Isto posto, esta pesquisa tem como corpus dois livros didáticos de Língua Portuguesa, correspondentes ao 9º ano do Ensino Fundamental e produzidos pela mesma editora (FTD): Panoramas (Cristina Tibiriçá Hülle/Angélica Alves Prado Demasi, 2019) e Tecendo Linguagens (Tania Amaral Oliveira/Luci Aparecida Melo Araújo, 2018-PNLD). A finalidade do trabalho é analisar, à luz da Teoria Semiolinguística do Discurso, os diferentes imaginários sociodiscursivos que a seção “Apresentação” evoca no tocante à apreensão do aluno pelas autoras. Observa-se que, para os alunos de instituições públicas, a Apresentação do livro didático evoca um destinador que precisa se apropriar da língua portuguesa para, sobretudo, interagir. Já para os alunos de instituições privadas, a seção consolida um TU em busca de novas realizações e de diferentes relações com a linguagem. A partir das contribuições de Charaudeau (2001; 2005; 2009; 2018) identificaremos as estratégias de produção da referida seção, assim como a responsabilidade das representações sociais na construção identitária dos alunos do ensino público e do ensino privado.

Palavras-chave: Representações sociais; Semiolinguística; Imaginários sociodiscursivos; Livro didático.

Proposta de análise semiolinguística do discurso do representante do Ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) : imaginários em torno da profissão secretarial no evento “Primeiro Ciclo de Palestras - Secretariado 4.0” - Isabela Inês Lemos Ferreira (UFV) e Ana Carolina Gonçalves Reis (UFV)

O termo Secretariado 4.0, derivado de Indústria 4.0 diz respeito ao desempenho da profissão na chamada “Quarta Revolução Industrial”, originada da  integração das máquinas e digitalização dos processos no cotidiano profissional. Com o objetivo de compreender a configuração retórico-discursiva em relação ao Secretariado 4.0, este trabalho propõe uma análise semiolinguística de uma preleção  realizada no “Primeiro Ciclo de Palestras — Secretariado 4.0”, ocorrido em 27 de setembro de 2019.  Tratou-se este de um evento promovido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) do governo brasileiro em celebração ao “Dia da Secretária”. Em termos específicos, nosso intuito é  analisar o discurso de abertura de tal evento, proferido pelo Senhor Celestino Todesco, Chefe de Gabinete do MCTIC, na ocasião, representando o Ministro Marcos Pontes. Objetiva-se compreender os imaginários sociodiscursivos concernentes ao profissional de secretariado mobilizados pelo sujeito comunicante em seu projeto de fala. A fim de alcançar esse propósito, tencionamos definir os sujeitos em interação no ato linguageiro, segundo os pressupostos da Teoria Semiolinguística de Patrick Charaudeau. Realizou-se a seleção e a transcrição do corpus, por meio de parâmetros metodológicos pré-definidos. Uma análise inicial do objeto de estudo nos aponta o reforço de imagens cristalizadas atribuídas à (especificamente) profissional e à profissão secretarial. Financiada pela FAPEMIG, esta pesquisa de Iniciação Científica pode possibilitar compreender questões representacionais reproduzidas pelo Ministério em questão, este representante, consequentemente, do governo do país. Com o desenvolvimento deste estudo pretendemos contribuir, também, com a proposição de um instrumental teórico-metodológico para possibilitar a análise de imagens concernentes a outras profissões na chamada Quarta Revolução Industrial.

Palavras-chave: Teoria Semiolinguística. Imaginários. Secretária.

Inscrições

Para receber informações sobre o evento e, após a participação, obter o certificado de 8h, clique no link abaixo. Será necessário também preencher, no dia, o formulário para registrar a frequência.

Para mais informações, envie um e-mail para semiolinguisticauff@gmail.com.
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